Função responsiva na fala de imigrantes alemães no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.22456/2594-8962.55533Resumo
Getúlio Vargas, nas décadas de 1930 e 1940, no Brasil, após assumir a presidência visa a instituir uma concepção de nação e também implementar um Plano Nacional que pôde ser entendido como uma construção de um imaginário social de nação brasileira, de cidadania.
Este artigo tem o propósito de reler os acontecimentos históricos dos anos 1930 e 1940 no Brasil. A fim de investiga-los alicerçamos nossos estudos em torno das concepções de Bakhtin (2004) que lançaram um desafio de perceber a língua, enquanto ato concreto, social, numa perspectiva polifônica, que possibilita conceber os discursos na ordem do diálogo entre vozes sociais. A partir desta ordem o diálogo de vozes, para além das normas lingüísticas, será posto em questão. Concepções produzidas por Mikhail Bakhtin tais como polifonia, dialogismo, signo ideológico serão exploradas neste estudo.
De acordo com o autor, a palavra é plurivocal porque traz a voz do outro e responde à voz do outro. Neste sentido, nossa meta é mostrar a função responsiva no discurso dos imigrantes alemães no Estado do Rio Grande do Sul. A fim de realizar este trabalho, o corpus discursivo é construído com extratos de proferimentos de imigrantes alemães que respondem ao discurso oficial.