Estado e ilegalismo: qual geografia? Uma abordagem dos fluxos de mercadorias na África e no Oriente Médio
Palavras-chave:
Comércio Transnacional, Informal, Ilegal, Estado, Ilegalismo, Espaço Fronteiriço.Resumo
Este artigo investiga as práticas de transgressão da lei e a ligação entre ilegalidade e espaço, tomando como exemplo o comércio transnacional de produtos comuns. Primeiramente, o artigo retoma a dificuldade de nomear os fluxos e os limites de uma classificação baseada em categorizações binárias e estadocêntricas. Em seguida, o texto ressalta o papel-chave do Estado na delimitação legal/ilegal a partir de uma perspectiva foucaultiana. Essa delimitação é construída por dirigentes no poder que aplicam a lei de forma diferenciada e a instrumentalizam de acordo com seus próprios interesses. Desse modo, as relações locais entre agentes do Estado e traficantes dizem respeito mais à simbiose do que à oposição. Jogo transgressor com as regras, a informalidade não se encontra fora, mas no coração do Estado. Por fim, o artigo aborda o impacto espacial das atividades informais e ilegais, argumentando que elas são espacialmente seletivas e privilegiam certos locais ou nichos, tais como as regiões fronteiriças.Downloads
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
d. Os autores não serão remunerados pela publicação de trabalhos no Boletim Gaúcho de Geografia, e devem abrir mão de seus direitos autorais em favor deste periódico. Os conteúdos publicados, contudo, são de inteira e exclusiva responsabilidade de seus autores, ainda que reservado aos editores o direito de proceder a ajustes textuais e de adequação às normas da publicação.