Mundialização e teicopolíticas: análise do fechamento contemporâneo das fronteiras internacionais

Autores

  • Stéphane ROSIÈRE Professor na Universidade de Reims Champagne-Ardenne (E.A.2076, Habiter), Diretor da revista eletrônica L'Espace politique

Palavras-chave:

Fronteiras, Teicopolítica, Migrações, Muros, Segurança

Resumo

A globalização não teve como consequência o desaparecimento das fronteiras. Pelo contrário, as teicopolíticas – políticas de contenção baseadas na construção de muros ou barreiras —, têm experimentado um crescimento a priori paradoxal. Estas barreiras são mais e mais numerosas desde os anos 2000. Elas simbolizam o desejo de um melhor controle dos fluxos por parte de atores que se consideram ameaçados. Estas barreiras fronteiriças existem em diferentes formas: confins, cercas e muros, frentes militares ou estreitos vigiados. Na maioria dos casos, se constituem em cercas que separam países que não têm relações bilaterais conflituosas (apenas um quarto das barreiras tem uma dimensão realmente militar). Barreiras fronteiriças têm como principal objetivo a luta contra a imigração ilegal, o que as faz depender, muitas vezes, de equipamentos sofisticados. O “complexo securitário-industrial” ganha, assim, um mercado considerável. Entre as consequências da construção dessas barreiras estão o reforço do “complexo securitário-industrial”, e também o aumento da letalidade, uma vez que cada vez mais indivíduos morrem tentando contornar tais barreiras.

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Publicado

2015-06-09

Edição

Seção

Artigos