O Determinismo Antropogeográfico Clássico e a Paisagem Etnográfica Rural

Autores

  • Kelton GABRIEL Universidade Estadual de Londrina

Resumo

O presente artigo tem por finalidade trazer reflexões sobre a importância do determinismo antropogeográfico na análise atual da paisagem etnográfica rural. Isto se justifica através da argumentação de que a paisagem etnográfica é temporalmente anterior à paisagem industrial urbana, e, portanto a análise do determinismo geográfico ainda é coerente para o estudo deste tipo de paisagem expressa por culturas específicas ou grupos étnicos. Tal afirmativa pode ser vista como discutível, pois o determinismo geográfico foi amplamente rejeitado pelos cientistas regionalistas. Uma das facetas da etnografia era a raça humana, e o tema racial também se pretende analisar aqui em sua clara fragilidade ética e sua posição dentro do determinismo biológico, pois a raça, em certo sentido, era um conceito do determinismo que em determinado momento pode ser lido como resultado do posicionamento geográfico no qual as sociedades se desenvolveram isoladamente, por longo período da história humana. Atualmente é possível qualquer um descendente germânico, por exemplo, pertencer a cultura japonesa, e ser aceito, porém por determinismo biológico, não poderá pertencer a etnia japonesa. O espaço geográfico na discussão deste tema, certamente ultrapassado na atualidade, e até mesmo polêmico, teve seu papel. E é nisso que se pretende timidamente focar a discussão: o determinismo antropogeográfico aparenta ter criado a possibilidade de definição da paisagem etnográfica rural.

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Biografia do Autor

Kelton GABRIEL, Universidade Estadual de Londrina

Geógrafo e licenciado em Geografia graduado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (2005), mestre em Geografia pela UFPR (2011) E doutorando em Geografia pela UEL (2012). Special Research Student pela Universidade de Osaka - Japão (PDSE/2014). Aplica-se em estudos de Geografia Humana, com ênfase em Geografia do Cotidiano e atuando principalmente nos seguintes temas: psicogeografia, espacialidade de imigrantes, espacialização nipônica, espacialidade pessoal em áreas de risco, reconstrução cultural de áreas, reconstrução de paisagens, epistemologia da Geografia, Cotidiano, Global e Local.

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Publicado

2014-05-14

Edição

Seção

Artigos