A política pública dos jardins de recreio como espaço civilizador no contexto urbano de Porto Alegre (1920-1950)

Autores

Palavras-chave:

Processo civilizador, Urbanização, Jardins de Recreio, Higienismo, História da Educação

Resumo

Este estudo diz respeito aos Jardins de Recreio, uma política pública instituída na cidade de Porto Alegre/RS a partir dos anos 1920. Objetiva compreender suas condições de implementação e suas interfaces com o processo educacional. Fundamenta-se na análise documental histórica, que possibilita compreender as condições de instauração e funcionamento dos Jardins de Recreio, sua característica educadora e sua relação com a urbanidade. Percebe-se que os Jardins de Recreio constituíram-se em espaços de sociabilidade e lazer dos portoalegrenses, para além de uma intenção pedagógica fomentada pelas modificações urbanas, pelo discurso higienista e civilizatório deflagrado pela modernidade. 

 

 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Fabiana Gazzotti Mayboroda (Brasil), Universidade Federal do Rio Grande do Sul - Porto Alegre - Rio Grande do Sul

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano da ESFID da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Mestra em Educação pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS, 2017), na linha de pesquisa: História, Políticas Públicas e Educação. Possui graduação em Pedagogia - Habilitação em Supervisão e Administração Escolar, com ênfase em psicopedagogia, pela Universidade Feevale (2005). Especialista em Educação Integral e Integrada na Escola Contemporânea pela FACED/ Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, 2013). Pertence a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação/ANPED. Membro associado do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte/CBCE. Participa do Grupo de Estudos Socioculturais em Educação Física (GESEF/UFRGS), do Grupo de pesquisa EBRAMIC/UNISINOS - Educação no Brasil: memória, instituições e cultura escolar e do Grupo GEPRACO/UERGS - Grupo de estudos em práticas corporais. Atuou na área da Educação como: Assessora Pedagógica da Secretaria de Educação, Professora da Sala de Recursos Multifuncional e Coordenadora Pedagógica da Educação Infantil, dos Anos Iniciais e dos Anos Finais pela Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul.

Luciane Sgarbi Santos Grazziotin (Brasil), Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Possui Doutorado em Educação, ênfase em História da Educação pela PUCRS (2008). Fez doutorado sanduíche na Universidade Clássica de Lisboa,  (2007) e pós-doutorado na UNED em Madri (bolsa CAPES),  (2017). Fez Mestrado em Ciências(1991) e graduação em Biologia Licenciatura. É membro SBHE e da ASPHE, Vice- presidente dessa associação gestão (2011- 2013). Pertence a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Educação/ANPED. Líder do Grupo de pesquisa EBRAMIC- Educação no Brasil: memória, instituições e cultura escolar (CNPq) e participa do grupo de pesquisa Memórias e Histórias da escola do Rio Grande do Sul: Do Deutscher Hilfsverein ao Colégio Farroupilha (1858-2008), (CNPq). Atualmente é professora e pesquisadora na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Educação da Escola de Humanidades da Universidade do Vale do Rio dos Sinos/UNISINOS. 

Referências

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. São Paulo: Paz e Terra, 2010.

CHALHOUB, Sidney. Cidade fabril: cortiços e epidemias na corte imperial. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

CUNHA, Maria Luisa Oliveira da; MAZO, Janice Zarpellon. A criação dos clubs nas praças públicas da cidade de Porto Alegre (1920-1940). Revista Brasileira de Ciência e Esporte, Florianópolis, v. 32, n. 2-4, p. 123-139, 2010.

CUNHA, Maria Luisa Oliveira da; MAZO, Janice Zarpellon; STIGGER, Marco Paulo. A organização das praças de Desporto/Educação Física na cidade de Porto Alegre (1920-1940). Revista Licere, Belo Horizonte, v. 13, n. 1, p. 1-33, 2010.

ELIAS, Norbert. O processo civilizador II: formação do estado e civilização. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

FARGE, Arlette. O sabor do arquivo. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.

FEIX, Eneida. A dimensão lúdica do esporte: as praças e parques, os jardins de recreio e colônia de férias. In: GOELLNER, Silvana Vilodre; MÜHLEN, Johanna Coelho Von. Memórias do esporte e do lazer no Rio Grande do Sul. Porto Alegre: FUNDERGS, 2013.

FEIX, Eneida; GOELLNER, Silvana Vilodre. O florescimento dos espaços públicos de lazer e de recreação em Porto Alegre e o protagonismo de Frederico Guilherme Gaelzer. Revista Licere, Belo Horizonte, v. 11, n. 3, 2008.

GHIRALDELLI JÚNIOR, Paulo. Educação Física Progressista: a pedagogia crítico-social dos conteúdos e a Educação Física brasileira. São Paulo: Loyola, 1989.

GOELLNER, Silvana Vilodre; MACEDO, Christiane Garcia; SILVA, Carina Kaiser da. Repositório Digital do Centro de Memória do Esporte: notas sobre a coleção lazer e recreação. Revista Licere, Belo Horizonte, v.16, n.1, 2013.

HALBWACHS, Maurice. A memória coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.

HUNT, Lynn. A nova história cultural. São Paulo: Martins Fontes, 1992.

LOURENÇO FILHO, Manuel Bergström. Introdução ao estudo da Escola Nova. 13 ed. São Paulo: Melhoramentos, 1978.

MARCELLINO, Nelson Carvalho. Estudos do lazer. Campinas: Autores Associados, 1996.

PECHMAN, Robert Moses. O urbano fora de lugar? Transferências e traduções das ideias urbanísticas nos anos 20. In: RIBEIRO, Luiz César de Queiroz (org.). Cidade, povo e nação. Gênese do urbanismo moderno. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

PEIXOTO, Elza Margarida de Mendonça; PEREIRA, Maria de Fátima Rodrigues. Políticas de educação não formal – a recreação (1889-1961). Revista HISTEDBR, Campinas, n. 55, p. 168-179, 2014.

PESAVENTO, Sandra Jatahi. O imaginário da cidade: visões literárias do urbano – Paris, Rio de Janeiro, Porto Alegre. Porto Alegre: UFRGS, 1999.

POPKEWITZ, Thomas. Ciências da educação, escolarização e abjeção: diferença e construção da desigualdade. Rev. Edu. Real., Porto Alegre, v. 35, n. 3, set./dez. 2010.

SOARES, Carmem L. Educação Física: raízes europeias e Brasil. Campinas: Autores Associados, 1994.

STEPHANOU, Maria. Bem viver em regras: urbanidade e civilidade em manuais de saúde. Rev. Educação Unisinos, v. 10, n. 1, 2006.

STEPHANOU, Maria. Práticas formativas da medicina: manuais de saúde e a formação para a urbanidade. Véritas, Porto Alegre, v. 43, n. especial, p. 97-102, dez. 1998.

STIGGER, Marco Paulo; TRENTINI, Edson Bertuol; FREITAS, Maitê Venuto de. Parques públicos, sociabilidades urbanas e políticas de lazer. In: FRAGA, Alex Branco; MAZO, Janice Zarpellon; STIGGER, Marco Paulo; GOELLNER, Silvana Vilodre. Políticas de lazer e saúde em espaços urbanos. Porto Alegre: Gênese Editora, 2009.

TOPALOV, Christian. Da questão social aos problemas urbanos: os reformadores e a população das metrópoles em princípios do século XX. In: RIBEIRO, Luiz Cesar de Queiroz; PECHMAN, Robert. Cidade, povo e nação: gênese do urbanismo moderno. Rio de Janeiro: Civilização Moderna, 1996.

Downloads

Publicado

2019-01-31

Como Citar

Mayboroda (Brasil), F. G., & Grazziotin (Brasil), L. S. S. (2019). A política pública dos jardins de recreio como espaço civilizador no contexto urbano de Porto Alegre (1920-1950). Revista História Da Educação, e77050. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/asphe/article/view/77050

Edição

Seção

Artigo / Article / Artículo