PROCÓPIO DE CESAREIA:
UM ESTUDO SOBRE OS FRANCOS A PARTIR DA GUERRA GÓTICA

Renato Viana Boy

 

Resumo: Pretendemos fazer aqui um estudo da obra Guerra Gótica, de Procópio de Cesareia (490-562). Trata-se de narrativas referentes ao período das guerras promovidas pelo imperador bizantino Justiniano visando a reincorporação da Península Itálica ao território romano, no século VI. Nos escritos de Procópio, o secretário do comandante das tropas romanas, Belisário, chama a atenção a singularidade da caracterização dada pelo historiador aos francos, chamados, na obra, de bárbaros, embora se tratassem de cristãos. Buscamos aqui apontar caminhos para compreender como essa imagem dos francos fora construída por Procópio, tendo em vista essa suposta contradição entre os conceitos utilizados pelo historiador, já que se tratava de um Império Romano oficialmente cristão no século VI.

Palavras-chave:Herói; Procópio de Cesareia; Roma; Góticos; Francos.

Introdução

O presente trabalho é parte integrante de uma tese que busca analisar o período das chamadas Guerras de Reconquista, promovidas pelo Imperador bizantino Justiniano (527-565). O objetivo dessas guerras era reconstituir a antiga grandeza do Império Romano, cujas fronteiras encontravam-se, então, reduzidas apenas ao Oriente grego e à Ásia Menor (OSTROGORSKY, 1984. p.82). Para tanto, Justiniano confiou o comando das tropas imperiais ao general Belisário (505-565), enviando-o contra os persas nas fronteiras orientais, os vândalos, no norte da África, e os godos na Península Itálica, sobre os quais concentraremos esse estudo.
Tomaremos como fonte principal as narrações da Guerra Gótica, uma obra de história política e militar, escrita por Procópio de Cesareia (490-562), referente às atuações do exército imperial na Itália e publicada provavelmente no ano 550. Nascido na Palestina, Procópio tornou-se conselheiro e secretário particular do general Belisário. Averil Cameron trata-o como um dos maiores historiadores de língua grega. Alguns historiadores, como a própria Cameron, J.A.S. Evans (1970, p.219), Charles Pazdernik (2000, p.150) e G. Downey (1949, p.89), ainda notam o estilo de uma historiografia clássica em Procópio, que teria como modelos os antigos Heródoto, ao descrever os grandes feitos para que estes não fossem esquecidos, e Tucídides, escrevendo sobre eventos os quais tinha presenciado (BROWN, 1972, p.147 e 189). Entretanto, as influências clássicas não negam o fato de Procópio ser um cristão. Segundo G. Downey (1949, p.94), a percepção de elementos helênicos em pensadores cristãos não era algo impossível ou inconciliável no século VI 2. O mesmo autor ainda cita J. Haury, que ressalta o fato da necessidade de um homem ser cristão para pertencer a um posto oficial do Império, como era o caso de Procópio (HAURY, 1896, apud DOWNEY, 1949, p.90).
Sendo assim, sua posição de testemunha visual era parte da estrutura comandante das campanhas militares na Itália 3. Por sua proximidade não só com o general Belisário, mas com o próprio imperador, suas narrativas se tornaram uma das principais fontes para o conhecimento da política de reconquista romana do século VI. Procópio torna-se, assim, um importante referencial para a análise do período abordado.
Nesse breve estudo sobre a Guerra Gótica, não são os combates em si, envolvendo romanos e góticos, que nos interessam nesses textos. Nossa atenção estará focada nas descrições feitas pelo historiador a respeito dos bárbaros e, dentre estes, de um povo em especial: os francos. A justificativa para tal recorte temático está na maneira singular como estes foram tratados na obra de Procópio. Em toda a sua narrativa, o historiador os caracteriza como bárbaros (barbaroiV). Essa classificação, na História das Guerras, servia como elemento de distinção destes em relação aos romanos. Entretanto, desde a conversão de Clóvis, em 496, os francos haviam adotado o cristianismo como religião e Procópio reconhece isso, apesar de algumas ressalvas 4. Salientamos o fato de a Roma medieval (historiograficamente conhecida como Império Bizantino) apresentar, no século VI, uma estrutura de governo que era, ao mesmo tempo, romana e cristã 5. Ou seja, num período em que o cristianismo pode ser caracterizado como elemento de identificação da unidade entre os romanos, e o termo bárbaro se referia a indivíduos ou grupos não pertencentes a esse mundo romano e cristão, chama nossa atenção o fato de, o mesmo povo, numa mesma obra, ser caracterizado pelo autor como bárbaro, mesmo sendo cristão.
Portanto, nossa proposta aqui é trabalhar, a partir das narrativas da Guerra Gótica, uma imagem construída pelo historiador em relação aos francos, atentando para a singularidade que os caracteriza na obra a partir de conceitos, à primeira vista, contraditórios. Nossa análise dessa construção parte da inserção de sua obra em um contexto político e militar que visava a recuperação da unidade romana nas regiões do Mediterrâneo. O fato de Procópio ocupar uma posição oficial junto ao Império certamente exerceu influência em sua descrição das guerras do século VI.

Os bárbaros na Guerra Gótica

O termo “bárbaro” aparece em Procópio para se referir aos povos não-romanos de modo geral. É com esse conceito que o autor se refere, por exemplo, aos ostrogodos, os visigodos ou os gépidas (PROCOPIUS, 2006a, p.3, p.43, p.65 e 2006b, p.441). Segundo Patrick Geary (2005),

 
a qualidade de romano era uma categoria constitucional, e não étnica. Já a qualidade de bárbaro era uma categoria inventada, projetada sobre uma variedade de povos com todos os preconceitos e pressuposições de séculos de etnografia clássica e imperialismo (p.81).

Na História das Guerras, o termo bárbaro foi usado para distinguir dos romanos os demais povos, deixando transparecer, em certos trechos, características que assinalam uma depreciação dos últimos. Um exemplo desse tipo de descrição está presente na narrativa do que se conhece historiograficamente como a “queda de Roma”, em 476. Primeiramente, o historiador cita uma aliança que teria sido feita, no século V, entre romanos e algumas nações góticas, comandados por Alarico e Átila. Segundo Procópio (2006a), a partir dessa aliança, à medida que a influência de elementos não-romanos crescia, verificava-se um declínio no prestígio dos soldados do império: “E na proporção que o elemento bárbaro se fortalecia entre eles, o prestígio dos soldados romanos imediatamente declinava, e sobre o nome de aliança, eles foram mais e mais tiranizados pelos intrusos e oprimidos por eles” (p.2-4) 6.
Nesse contexto, a descrição dos góticos é acompanhada de adjetivos como invasores, opressores e cruéis, deixando claro que a aproximação com elementos bárbaros seria um fator negativo para os romanos. E completa afirmando que os bárbaros deveriam dividir com eles o poder na Itália: “Então os bárbaros cruelmente forçaram muitas outra medidas sobre os romanos, muitas contra sua vontade, e finalmente que eles deveriam dividir com eles a terra inteira da Itália” (PROCOPIUS, 2006a, p.2-4) 7. Assim, a obra de Procópio pode ter, de certa forma, participado da moderna construção historiográfica de uma imagem dos bárbaros como “invasores” da Roma antiga.
Além de responsabilizar os bárbaros pelo fim do poder imperial na Península Itálica, o autor ainda menciona que as guerras de Justiniano pela reincorporação das regiões mediterrânicas ao Império se pautavam no pensamento de que esses territórios já haviam feito parte das possessões romanas no passado. Assim, não parece estranho a Procópio o fato de o imperador querer conquistar novamente as terras que há muito pertenceram ao seu próprio reino: “Mas para ele não é de todo impróprio buscar adquirir uma terra que tinha pertencido no passado ao reino que é dele próprio” (PROCOPIUS, 2006a, p.52-53) 8. Peter Brown (1972) ressalta que Justiniano pretendia, com suas campanhas militares, reconquistar o que considerava “províncias perdidas do ‘seu’ império” (p.142).
Ao responsabilizar a ação de um governo bárbaro tirano pelo fim do poder romano nas regiões ocidentais, Procópio legitimaria uma intervenção do governo imperial naquelas terras, “libertando” populações da Península Itálica da “escravidão” em relação aos godos. Essas expressões são apresentadas pelo próprio autor, ao narrar a tentativa de formação uma aliança dos romanos, através de Belisário, com a população de Nápoles, primeiramente, prometendo a estes a liberdade:

 
Recebam na sua cidade, então, o exército do Imperador, que tem vindo para assegurar sua liberdade e dos outros italianos, e não escolher o curso que traria a vocês dolorosos infortúnios. Por esses que, em ordem de livrá-los da escravidão ou alguma outra coisa vergonhosa, vão à guerra (...) (PROCOPIUS, 2006a, 72-73) 9.

Dessa forma, a obra de Procópio de Cesareia, em se tratando de uma história política e militar do Império (sendo, pelo posto que ocupava o seu autor, favorável a este), serviria também para fornecer elementos que justificariam ideologicamente as incursões militares das tropas imperiais no Ocidente. A conquista dos territórios mediterrânicos pelo exército imperial, segundo a Guerra Gótica, seria uma intervenção benéfica à população local, que estaria livre da dominação de governos bárbaros.

Os francos: um caso especial

Como dito anteriormente, a descrição dos francos feita por Procópio chama a atenção por uma dualidade de conceitos com os quais estes foram caracterizados: bárbaro e cristão. Há que se ressaltar o fato de o cristianismo ter se tornado, desde fins do século IV, a religião oficial do Império Romano, o que se manteve durante o período medieval. Sendo a religião cristã um dos elementos que constituíam a identidade romana desde então, pode-se colocar a seguinte questão: como, numa sociedade romana cristianizada, um povo pode ser descrito como sendo, ao mesmo tempo, cristão e bárbaro? Para que possamos compreender como o autor utilizou esses dois conceitos, à primeira vista, contraditórios, para se referir à mesma sociedade, passemos à análise de alguns dos trechos nos quais essas descrições aparecem.
Na História das Guerras, os francos são descritos como bárbaros, sem distinção em relação a outras nações não romanas, como ostrogodos e visigodos. Ao se referir a eles pela primeira vez em sua obra, Procópio os define como aqueles que em tempos anteriores eram chamados “Germanos” (PROCOPIUS, 2006a, 116-117). E, pouco mais adiante, o autor afirma se tratar de uma nação bárbara na seguinte passagem: “Há muitos lagos na região, onde os germanos viveram há muito tempo, uma nação bárbara, não de muitas consequências no início, que são agora chamados francos” (PROCOPIUS, 2006a, p.118 - Grifo meu) 10.
Mesmo se tratando de uma nação bárbara, Procópio afirma que os francos poderiam ser um importante aliado na luta contra o arianismo dos godos. O argumento que fundamentava tal aproximação se baseava no fato de os francos, assim como os romanos, rejeitarem o culto ariano e compartilharem do que o historiador chama de uma fé de “justo louvor”. No livro V da Guerra Gótica Procópio descreve as bases desse acordo:

 
Por essa razão nós temos sido obrigados a tomar o campo contra eles e é próprio que vocês [francos] devessem juntar-se a nós nessa guerra, que é feita suas tanto quanto nossa, não apenas pela fé de justo louvor, que rejeita a opinião dos arianos, mas também pela inimizade que ambos sentimos pelos godos (PROCOPIUS, 2006a, p.44) 11.

Porém, no livro XXV, ao discorrer sobre a falta de lealdade do povo franco, Procópio questiona as bases do seu culto cristão, afirmando que, apesar de convertidos, estes teriam mantido boa parte de suas práticas pagãs, realizando inclusive sacrifícios humanos:

 
Esses bárbaros, embora tenham se tornado cristãos, preservaram grande parte de sua antiga religião: eles ainda fazem sacrifícios humanos e outros sacrifícios de natureza profana e é em união com ela que eles fazem suas profecias (PROCOPIUS, 2006b, p.86) 12.

Nesse trecho fica claro que, para Procópio, o fato de os francos terem se convertido ao cristianismo não os fez deixar seu estado de barbárie. Assim, os francos, que foram descritos como aliados, são também mencionados como um povo bárbaro e adversário perigoso que, pelas políticas de alianças militares, poderiam se unir aos exércitos inimigos dos romanos, constituindo um verdadeiro obstáculo aos seus interesses 13.
Portanto, a partir da obra de Procópio, é possível perceber a existência de um campo dinâmico na construção de uma identidade dos francos, relacionada a graus de pertencimento ou afastamento em relação a modelos romanos. Tal identidade fora constituída a partir das narrativas de textos de uma conjuntura política de reconquista da antiga grandeza romana, que o submetia diretamente.

Considerações finais

Tomamos em nosso estudo a obra de Procópio de Cesareia como uma narrativa que pode ter participado da moderna construção historiográfica dos bárbaros como invasores da Roma Ocidental e responsáveis pelo fim do poder imperial no Mediterrâneo. O que se pode perceber nos textos do historiador, importante fonte para o conhecimento do período das guerras de Justiniano, é que o cristianismo fora utilizado pelos romanos como um importante elemento, tanto na aproximação com algumas nações para a formação de alianças militares, quanto para justificar o ataque contra povos ditos “bárbaros”.
No caso específico dos francos, Procópio primeiramente apresenta uma descrição de um povo “bárbaro” (barbaron eqnoV) (PROCOPIUS, 2006a, p.118-119), inimigo no caminho das tropas de Justiniano e, consequentemente, não integrados ao campo cultural romano, mesmo ocupando uma extensa área considerada pelo autor (e pelo imperador) como romana. Por outro lado, diante de um inimigo comum, os godos, a visão em relação aos francos se altera. Aqui, os mesmo são descritos como possíveis aliados, partindo para tanto de questões ligadas à uma identidade religiosa cristã 14. Mas essa mesma identidade religiosa fora ainda questionada por Procópio, para justificar uma possível falta de lealdade dos francos em relação aos romanos.
Acreditamos, assim, que a Historia das Guerras seja uma fonte que pode ter participado da construção de uma identidade franca, num contexto específico, submetida a objetivos políticos e militares do governo de Justiniano. Nesse processo, o cristianismo é observado como um importante elemento na identificação de uma unidade romana, buscada pelo imperador, e que serviria ao historiador tanto para legitimar uma aproximação entre francos e romanos na luta contra o arianismo godo, quanto para justificar uma desconfiança e percepção de elementos pagãos em seu culto.
É dentro desse contexto político, que se impõe à escrita de Procópio, que encontramos entre os “bárbaros” descritos na História das Guerras o caso dos francos, singularmente descritos como bárbaros, porém cristãos.

 

Procopius of Caesarea: a study about the Franks starting from the Gothic War.

Abstract:This article is intended to be a study about the book Gothic War, by Procopius of Caesarea (490 – 562). It’s about narratives referring to the period of wars promoted by the Byzantine emperor Justinian seeking the reincorporation of the Italian Peninsula into the Roman territory during the 6th century. In the writings of Procopius, assessor for Belisarius, Justinian’s chief military commander, the uniqueness of the characterization given by the historian to the Franks, called barbarians, even being Christians, comes to our attention. Here we try to show ways to comprehend how this vision of the Franks was built by Procopius, considering this supposed contradiction between the concepts used by the historian, regarding it was a Roman empire officially Christian in the 6th century.

Keywords:Procopius of Caesarea; Rome; Gothic; Franks.

 

1 Doutorando no Programa de Pós-Graduação em História Social pela Universidade de São Paulo – USP.  E-mail: renatoboy@usp.br.

2 Para H. Dewing, tradutor da História das Guerras para o inglês, Procópio oscila entre escrever ora como um cristão, ora como pagão. Talvez o conhecimento que Procópio possuía sobre os autores clássicos o tenha levado a esse caminho, mesmo que inconscientemente. (PROCOPIUS, 1996. p. xiii). Peter Brown afirma que o cristianismo só pode ser visto em Procópio através do “espesso gelo de uma história clássica, baseada em Heródoto e Tucídides” (BROWN, 1972. p. 189).

3 J.A.S. Evans (1970, p.219 e 222) chega a dizer que Procópio era a voz do Establishment.

4 Segundo Procópio (2006b, p.86-87), apesar dos francos terem se convertido ao cristianismo, estes ainda preservaram grande parte de sua antiga religião.

5 Antes mesmo da elevação do cristianismo à religião oficial do Império, em 392, Ambrósio de Milão (338–397) já esperava de seus leitores uma associação do termo “bárbaro” com o herético, e vice-versa. Peter Brown (1967, p.331 e 1972, p.131) afirma ainda que os romanos do oriente, no século VI, consideravam-se membros de uma comunidade totalmente cristã.

6 osw te ta twn barbarwn en autoiV hkaze, tosoutw o twn Romaiwn stratiwtwn axiwma onomati
proV wn ethludwn turannoumenoi ebiazonto.

7 wste autouV anedhn alla te polla ou tiekousiouV hnagkazon kai telutwnteV xumpantaV proV
neimasqai touV epi thV ItaliaV agrouVhxioun.

8 ekeinon de cwraV metapoih ouden apeikoV anwten th uparcoush autwproshkoushV arch.

9 dexasqe toinun th polei ton basilewV straton epi th qeria umwn te kai ton allwn Italiwtwn
hkonta, kai mh pantwn aniarotata ef umin eleste. Osoi men gar douleian h allo ti anaduomenoi
twn aiscrwn es polemon cwrousin (...).

10 limnai te entauqa pollai, ou dhwkhnto, barbaon eqnoV ou  pollou to kat arkaV azion, oi nun
Fraggoi kalountai. Grifo meu.

11 Dioper hneiV men spratenein ep autouV hnagkasmeqa, umaV de eikoV xundiafepein hmin polemon tonde, on hmin koinon einai poiei doxa  te orqh, aposeiomenh thn Areianown gnwmhn, kai to eV GotqouV  amfoterwn ecqoV.

12 Oi gar Barbaroi outoi, Cristianoi gegonoteV, ta polla thV palaiaV doxhV fulas sousi, qusiaiV
te Cromenoi anqropwn kai alla ouc osia ierenonteV, tauthte taV manteiaV poioumenoi.

13 Procópio deixa transparecer em alguns trechos da Guerra Gótica que os francos representariam uma força militar no período, chegando a relatar que uma aliança dos francos com os godos na Ligúria era lembrada pelos romanos com “grande medo” – deouV megalou. (PROCOPIUS, 2006b, p. 25).

14 No mundo romano, o crescimento do cristianismo teve importantes consequências: serviu como elemento que organizou o reagrupamento de uma hierarquia social ao redor da Corte imperial e fez com que a religião cristã ganhasse espaço em depreciação da cultura clássica ( BROWN, 1967. p. 337-338).

 

Referências:
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