PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO E CLÍNICO DA POPULAÇÃO DE IDOSOS COM TRANSTORNO DEPRESSIVO
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.49089Palavras-chave:
Saúde Pública, Ancião, Velhice, Unidade Básica de Saúde.Resumo
Com o aumento da expectativa de vida, a depressão emerge como o transtorno mais frequente entre os idosos. Em países em desenvolvimento como o Brasil, esse fenômeno não tem sido suficientemente estudado para fornecer os elementos necessários ao desenvolvimento de políticas públicas adequadas à essa população. Sendo assim, este estudo objetivou identificar o perfil sociodemográfico e clínico de idosos diagnosticados com depressão assistidos em uma Unidade Básica de Saúde, do Rio Grande do Sul. Para tanto, realizou-se um levantamento nos prontuários clínicos de indivíduos com 60 anos e mais, considerando variáveis como idade, gênero, estado civil, medicação utilizada e tempo de consumo, atendidos no período de janeiro de 2013 a janeiro de 2014. Identificaram-se 144 prontuários, a maioria mulheres (72,23%), média de idade de 69,7 anos, casadas (78%). A medicação mais utilizada foi a fluoxetina (36, 12%), seguida da amitriptilina (24, 35%) e o tempo de consumo ficou entre dois a três anos (36,8%), seguida de um mês e um ano (29,87%). Desenvolver políticas públicas capazes de atender as mulheres idosas com depressão é uma necessidade premente diante das novas demandas que emergem no cenário brasileiro.
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