PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA E FECAL EM IDOSOS: ESTUDO EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS

Autores

  • Mirian Alves Silva Universidade Federal da Paraíba
  • Elizabeth Souza Silva Aguiar Universidade Federal da Paraíba
  • Suellen Duarte de Oliveira Matos Universidade Federal da Paaraíba Faculdade de enfermagem Nova Esperança
  • Joab de Oliveira Lima Universidade Federal da Paraíba
  • Marta Miriam Lopes Costa Universidade Federal da Paraíba
  • Maria Júlia Guimarães Oliveira Soares Universidade Federal da Paraíba

DOI:

https://doi.org/10.22456/2316-2171.46484

Palavras-chave:

Instituições de Longa Permanência para Idosos. Incontinência Fecal. Incontinência Urinária.

Resumo

Objetivou-se investigar a prevalência de incontinência urinária (IU) e incontinência fecal (IF) entre idosos residentes nas instituições de longa permanência para idosos de João Pessoa, Paraíba. Foi um estudo de caráter transversal, populacional e descritivo, com abordagem quantitativa realizada com toda a população residente nas seis instituições de longa permanência para idosos (ILPI) cadastradas no Conselho Nacional de Serviço Social e no Conselho Municipal de Idosos do município de João Pessoa, que contabilizou 322 idosos. Os dados foram coletados em instrumento composto por questionário que aborda o perfil dos participantes da pesquisa, através das variáveis sociodemográficas e condições clínicas, e foram duplamente digitados e validados em uma planilha do programa Microsoft Excel, sendo os cálculos estatísticos realizados no software SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), versão 20.0. Foi empregada a estatística descritiva. A idade média dos participantes foi de 81,13 ± 9,39 anos, 172 (53,42%) eram brancos, 168 (53,67%) eram solteiros, 35 (59,32%), frequentaram a escola entre quatro a dez anos, 222 (84,09%), recebiam de um a três salários mínimos, 159 (49,69%) estavam na instituição há menos de três anos, 33 (10,25%) eram portadores de IU, 01 (0,31%) apresentavam IF, e 120 (37,27%) apresentavam os dois tipos de incontinência (IU e IF). Observou-se que houve um potencial significativo para que esses idosos desenvolvam incontinências, sendo, portanto essencial o planejamento e a adoção de medidas que envolvam o conhecimento desta realidade, buscando encontrar caminhos que conduzam a minimizar os efeitos físicos e emocionais deste problema.

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Biografia do Autor

Mirian Alves Silva, Universidade Federal da Paraíba

Doutoranda do Programa de Pós Graduação em Enfermagem da UFPB. Mestre em Serviço Social (2006) UFPB, Especialista em Enfermagem Pediátrica (1990) UFPB, Graduada em Enfermagem pela UFPE (1987). Atualmente é professora Assistente do Departamento de Enfermagem Clínica, Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Tratamento de Feridas, UFPB. João Pessoa (PB), Brasil.

Centro de Ciências da Saúde

Elizabeth Souza Silva Aguiar, Universidade Federal da Paraíba

Mestre em Enfermagem (2011) UFPB. Especialista em Estomaterapia (2008) UPE. Graduada em Enfermagem (2006) pela UEPB. Atualmente é professora substituta da UFCG do Departamento de Enfermagem Clínica e Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Tratamento de Feridas UFPB.

Suellen Duarte de Oliveira Matos, Universidade Federal da Paaraíba Faculdade de enfermagem Nova Esperança

Especialista em Saúde da Família (2014) Facene. Graduada em Enfermagem (2012) Facene. Atualmente é Supervisora de Estágio em Saúde do Idoso e Saúde da Família pela Facene. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Tratamento de Feridas UFPB.

Joab de Oliveira Lima, Universidade Federal da Paraíba

Doutorado em Estatística Universidade Federal de Minas Gerais (2009), UFMG. Mestrado em Estatística Universidade Federal de Minas Gerais (2001), UFMG. Graduação em estatística Universidade Federal do Rio Grande do Norte, UFRN (1999). Professor adjunto do departamento de estatística da UFPB. Consultor estatístico. Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas em Tratamento de Feridas, UFPB.

Marta Miriam Lopes Costa, Universidade Federal da Paraíba

Doutora em Ciências da Saúde pela Universidade Federal da Paraíba (2003) e Doutora em Sociologia pela Universidade Federal da Paraíba (2010).  Mestrado em enfermagem pela UFPB (1994). Especialização em Residência no Hospital de Doenças do Aparelho Locomotor (1984), HDAL-Sarah. Graduada em Enfermagem (1986) UFPB. Atualmente é professora associada da UFPB da Graduação e Pós Graduação (mestrado e doutorado) em Enfermagem, Chefe da divisão de enfermagem HU-EBSERH. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Tratamento de Feridas, UFPB.

Maria Júlia Guimarães Oliveira Soares, Universidade Federal da Paraíba

Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal do Ceará (2003). Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal da Paraíba (1995). Especialista em Saúde Pública pela Ensp/Fiocruz. Atualmente professora associada da UFPB da Graduação e Pós-Graduação (mestrado e doutorado) em Enfermagem. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas no Tratamento de Feridas e Pesquisadora em Doenças Crônicas (hipertensão arterial, diabetes mellitus, AIDS/HIV, idoso e tratamento de feridas) UFPB.

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Publicado

2016-08-17

Como Citar

Silva, M. A., Aguiar, E. S. S., Matos, S. D. de O., Lima, J. de O., Costa, M. M. L., & Soares, M. J. G. O. (2016). PREVALÊNCIA DE INCONTINÊNCIA URINÁRIA E FECAL EM IDOSOS: ESTUDO EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS. Estudos Interdisciplinares Sobre O Envelhecimento, 21(1). https://doi.org/10.22456/2316-2171.46484

Edição

Seção

Artigos originais