AUTONOMIA EM IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER: CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO ESTRATÉGIAS DE DIAGNÓSTICO E REABILITAÇÃO SOCIAL DE IDOSOS DEPENDENTES E APOIO PSICOSSOCIAL DE CUIDADOR DOMICILIAR

Autores

  • Marilia de Rosso Krug Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ
  • Karine Bueno do Nascimento Universidade Federal de Cruz Alta - UNICRUZ e Universidade Federal de Santa Maria - UFSM
  • Solange Beatriz Billig Garces Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ
  • Carolina Böettge Rosa Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ
  • Ângela Vieira Brunelli Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ
  • Dinara Hansen Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ

DOI:

https://doi.org/10.22456/2316-2171.40296

Palavras-chave:

Doença de Alzheimer. Atividade Motora. Aptidão Física.

Resumo

Este estudo buscou analisar as contribuições de atividades terapêuticas psicossociais e funcionais na autonomia e na aptidão física de seis idosos com doença de Alzheimer. A autonomia foi avaliada com a Escala ADL de Katz e a Aptidão física através da bateria de testes de Rikli e Jones. Os encontros com o grupo de idosos e cuidadores ocorreram quinzenalmente, perfazendo um total de 12 sessões. As atividades terapêuticas psicossociais e funcionais constaram de alongamentos, caminhada e dança, tendo cada sessão duração de aproximadamente 40 minutos. Na sequência, os idosos realizavam atividades diversificadas de memorização através de jogos didáticos, quebra-cabeças, jogos de habilidades motoras finas e destrezas manuais, além de atividades sensoriais envolvendo gosto, tato e olfato. Os dados foram interpretados e descritos por meio da inferência percentual e da estatística descritiva. Após analisar os dados, observaram-se melhoras, de pré para pós-teste, nas variáveis: capacidade de transferir-se de um local para outro, em 6,7%, na continência, em 16,7%, e na capacidade para alimentar-se, em 66,7%, sendo esta última estatisticamente significativa (p=0,025). Os valores da aptidão física mostraram que os idosos estavam numa classificação muito abaixo do normal. Ao comparar esses valores em termos de média, de pré para o pós-teste, foi possível observar melhora estatisticamente significativa (p=0,012) somente na variável de flexibilidade de membros superiores. Sendo assim, foi possível concluir que um programa de atividades físicas para idosos com Alzheimer é muito importante, no entanto deve haver maior regularidade de sessões para que os resultados possam ser mais relevantes.

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Biografia do Autor

Marilia de Rosso Krug, Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ

Graduada em Educação Física Pela Universidade Federal de Pelotas; Prof. Mestre em Ciências do Movimento Humano pela UFSM. Pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos do Envelhcimento Humano - GIEEH da UNICRUZ; Acadêmica do Curso de Doutorado Educação em Ciências: Quimica da Vida e Saúde.

Karine Bueno do Nascimento, Universidade Federal de Cruz Alta - UNICRUZ e Universidade Federal de Santa Maria - UFSM

Graduada em Educação Física pela Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ; Mestranda em Educação em Ciências: Quimica da Vida e Saúde pela UFSM; Pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos do Envelhcimento Humano - GIEEH da UNICRUZ.

Solange Beatriz Billig Garces, Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ

Licenciada em Educação Física pela Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ; Mestre em Ciência do Movimento Humano pela Universidade de Santa Catarina - UDESC; Doutora em Ciências Sociais pela Universidade do Vale dos Sinos - UNISSINOS. Pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos do Envelhcimento Humano - GIEEH da UNICRUZ.

Carolina Böettge Rosa, Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ

Gradua em Nutrição pela Universidade do Vale dos Sinos - UNISSINOS; Mestre em Ciências Médicas pela Fundação Faculdade Federal de Ciências Médicas de Porto Alegre - FFFCMPA; Doutoranda em Gerontologia Biomédica pela Pontifice Universidade do Rio Grande do Sul - PUCRS. Pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos do Envelhcimento Humano - GIEEH da UNICRUZ.

Ângela Vieira Brunelli, Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ

Graduada em Nutrição pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul - INJUI; Mestre em Extensão Rural pela Universidade Federal de Santa maria - UFSM; Pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos do Envelhcimento Humano - GIEEH da UNICRUZ.

Dinara Hansen, Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ

Graduada em fisioterapia pela Universidade de Cruz Alta - UNICRUZ; Mestre em Gerontologia Biomédica pela Pontifícia Universidade do Rio Grande do Sul -PUCRS; Doutoranda em Gerontologia Biomética pela PUCRS; Pesquisadora do Grupo Interdisciplinar de Estudos do Envelhcimento Humano - GIEEH da UNICRUZ.

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Publicado

2015-03-11

Como Citar

Krug, M. de R., Nascimento, K. B. do, Billig Garces, S. B., Rosa, C. B., Brunelli, Ângela V., & Hansen, D. (2015). AUTONOMIA EM IDOSOS COM DOENÇA DE ALZHEIMER: CONTRIBUIÇÕES DO PROJETO ESTRATÉGIAS DE DIAGNÓSTICO E REABILITAÇÃO SOCIAL DE IDOSOS DEPENDENTES E APOIO PSICOSSOCIAL DE CUIDADOR DOMICILIAR. Estudos Interdisciplinares Sobre O Envelhecimento, 20(3). https://doi.org/10.22456/2316-2171.40296

Edição

Seção

Artigos originais