Em Paris, entre China e Mongólia, mutação da escultura
Resumo
Em Paris eu havia esculpido uma cabeça que evocava a paisagem do interior Mongólia chinesa. Mas esta paisagem estava invisível, fora do campo, no interior da escultura como no interior de minha própria cabeça. Veremos como, entre Paris e Pequim, a mutação de minha prática escultórica revelou uma paisagem interior que ninguém podia ver. Somente em Paris eu podia sentir a parte chinesa ou mongol do meu trabalho. O que importa na arte chinesa, não é representar algo, mas evocá-lo, assim como o punctum, do qual trata Barthes, é este algo indizível, situado fora do campo, que encontra a via chinesa do Tao. Seguir esta via me permitiu esculpir os habitantes da Mongólia, tal como uma estepe ondulante sob o vento, para tentar salvar o que resta desta mesma estepe, ameaçada de desertificação e tentar também salvar o que resta dos Mongóis.
Palavras-chave
Paisagem; China; Mongólia; arte chinesa; Tao.
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PDFDOI: https://doi.org/10.22456/2179-8001.23328
Direitos autorais 2011 Hong Biao Shen

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PORTO ARTE: e-ISSN 2179-8001
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