Transitar pela fresta: corporalidades e diferenças na escrita acadêmica
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.92296Palavras-chave:
psicologia social, narrativa ficcional, escrita acadêmica, saberes minoritários.Resumo
Este texto-ensaio versa sobre modos possíveis de produção de conhecimento, suas especificidades e valoração na cultura contemporânea e, mais especificamente, no âmbito acadêmico, lugar privilegiado para esta tarefa. Acionamos uma narrativa ficcional e propomos uma perspectiva de trabalho com teorias e interlocutoras como efeito, sobretudo, dos encontros do/no coletivo. Buscamos performatizar experiências que queremos tornar audíveis e acessíveis, tensionando o discurso acadêmico. Sentimo-nos provocadas em compor a partir das diferenças encontradas nas bordas do fazer acadêmico, acolhê-las, reverenciá-las e nos imbuirmos das experiências e escritas minoritárias. Assim, questionamos sobre a potência da fresta como lugar que assume e comporta tensão entre corpos e saberes diferentes, no entremeio de espaços, mundos, experiências. Ao mesmo tempo, indica-nos um lócus de criação de outros modos de perguntar, pesquisar, escrever, contar, divergir, estar em relação, produzir conhecimento. O texto apresenta elementos dessa discussão para fazer com que a problematização proposta siga potente.
Downloads
Referências
Adichie, Chimamanda Ngozi. (2009). Chimamanda Adichie: O perigo de uma única história. [Arquivo de vídeo]. Recuperado em 09 outubro, 2017, de: https://www.ted.com/talks/chimamanda_adichie_the_danger_of_a_single_story?language=pt-br
Aleksiévitch, Svetlana. (2016). A guerra não tem rosto de mulher. São Paulo, SP: Companhia das Letras.
Amorim, Marília. (2002). Vozes e silêncio no texto de pesquisa em Ciências Humanas. Cadernos de Pesquisa, (116), 07-19. doi:10.1590/S0100-15742002000200001
Butler, Judith. (2000). Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do “sexo”. Em: Guacira Lopes Louro (Org.). O corpo educado: pedagogias da sexualidade (pp. 151 -172). Belo Horizonte, MG: Autêntica.
Fonseca, Tania Mara Galli; Costa, Luis Artur; Filho, Carlos Antônio Cardoso, & Garavelo, Leonardo Martins Costa (2015). Narrativas das infâmias: um pouco de possível para a subjetivação contemporânea. Athenea Digital. Revista De Pensamiento E Investigación Social, 15(1), 225-247. doi:10.5565/rev/athenea.1430
Foucault, Michel. (2003). Diálogo sobre o poder. Em: Manoel Barros da Motta (Org.). Estratégia, poder-saber. Ditos e Escritos IV (pp. 253-266). Rio de Janeiro, RJ: Forense Universitária.
Gagnebin, Jeanne Marie. (2006). Memória, história, testemunho. Em: Jeanne Marie Gagnebin. Lembrar, escrever, esquecer (pp. 49-57). São Paulo, SP: Editora 34.
Haraway, Donna. (1995). Saberes Localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial. Cadernos Pagu, (5), 7-41. Recuperado de: https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/cadpagu/article/view/1773/1828
Jobim e Souza, Solange, & Carvalho, Cíntia de Sousa. (2016). Ética e pesquisa: o compromisso com o discurso do outro. Revista Polis e Psique, 6(1), 98-112. doi:10.22456/2238-152X.61385
Larrosa, Jorge. (2002). Notas sobre a experiência e o saber de experiência. Revista Brasileira de Educação, (19), 20-28. doi:10.1590/S1413-24782002000100003
Larrosa, Jorge. (2003). O escrito e o ensaio acadêmico. Revista educação e realidade, 28(2), 101-115. Recuperado de: http://seer.ufrgs.br/index.php/educacaoerealidade/article/view/25643/14981
Moraes, Márcia, & Tsallis, Alexandra. (2016). Contar histórias, povoar o mundo: a escrita acadêmica e o feminino na ciência. Revista Polis e Psique, 6(1), 39-50. doi:10.22456/2238-152X.61380
Woolf, Virgínia. (2014). Um teto todo seu [1929]. São Paulo, SP: Editora Tordesilhas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
IMPORTANTE: a carta de declaração de direitos deverá ser submetida como documento suplementar.