Corpos e existências: vidas não passíveis de luto
DOI:
https://doi.org/10.22456/2238-152X.107567Palavras-chave:
Corpo, Pandemia, Abandono, Políticas sociais, Governo.Resumo
O objetivo deste artigo é refletir sobre a relação entre políticas sociais e performances dos corpos em termos de governo das vidas. O que interessa a esta discussão é percorrer um campo de problematização dessa articulação – políticas sociais e corpos – a partir da emergência da atual crise sanitária, causada pela pandemia de COVID-19. Essa problematização focaliza os efeitos sociais nas relações de governo dos corpos dentro de uma racionalidade de colonialidade e de racismo, ou seja, queremos pensar certas linhas de governo das vidas que se intensificam em formas de abandono, tornando-as não passíveis de luto. Para tanto, tomaremos duas performances de corpos em nossa atualidade – mulheres em situação de violência e usuários de drogas em situação de rua –, na medida em que ambas indicam mecanismos distintos de regulação de corpos e formas de abandono das vidas.Downloads
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