O ensino médio brasileiro ao gosto do empresariado

Autores/as

Palabras clave:

reforma educacional, ensino médio, empresariado, Brasil

Resumen

As disputas em torno do sentido do ensino médio são históricas no Brasil. Os debates são marcados pela presença de diversos grupos sociais. O empresariado, apesar de participar das políticas educacionais desde os anos 1930, mudou a forma e o protagonismo de suas ações nas três últimas décadas. Neste sentido, a partir de uma breve contextualização do cenário político, realiza-se alguns apontamentos sobre a influência deste ator na reforma do ensino médio, sancionada pela medida provisória 746 de 2016. Destacam-se a convergência no aceno pela aprovação da reforma entre os empresários que participaram das audiências públicas; os documentos das instituições empresariais que se assemelham a proposta da reforma; a presença destes grupos na elaboração da BNCC; a orientação da reforma pela pedagogia das competências e seu espírito neoliberal. Este fenômeno apresenta implicações na democratização da educação, uma vez que, em uma sociedade atravessada pela luta de classes e interesses antagônicos, a primazia das propostas dos empresários nas reformas educacionais pode significar perdas importantes na escolarização dos trabalhadores, como apontado pelas divergências e resistências de pesquisadores e dos movimentos sociais.

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Biografía del autor/a

Sérgio Feldemann de Quadros, Unicamp

Mestrando em educação pela Unicamp. Bolsista FAPESP.

Publicado

2019-10-28

Cómo citar

Feldemann de Quadros, S., & Krawczyk, N. (2019). O ensino médio brasileiro ao gosto do empresariado. Políticas Educativas – PolEd, 12(2). Recuperado a partir de https://seer.ufrgs.br/index.php/Poled/article/view/97711