Petrografia e química mineral do Granito São Geraldo: evidências de magmatismo peraluminoso na região de Porto Alegre, RS

Autores

  • Daniel Triboli VIEIRA Programa de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Rodrigo Chaves RAMOS Programa de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Edinei KOESTER Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Maria Lidia VIGNOL-LELARGE Departamento de Mineralogia e Petrologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Carla Cristine PORCHER Departamento de Geologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Clovis GONZATI Departamento de Mineralogia e Petrologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Márcia Elisa BOSCATO GOMES Departamento de Mineralogia e Petrologia, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Laércio DAL OLMO-BARBOSA Programa de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • Ana Karina SCOMAZZON
  • Taís FONTES PINTO Programa de Pós-Graduação em Geociências, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.97382

Palavras-chave:

Petrografia, Química Mineral, Granito São Geraldo, Granito Peraluminoso, Suíte Cordilheira

Resumo

Este trabalho descreve a primeira ocorrência de um granito peraluminoso na região de Porto Alegre, denominado Granito São Geraldo. Neste estudo foram realizadas análises petrográficas (microscopia óptica e eletrônica) e de química mineral (microssonda eletrônica) em lâminas delgadas oriundas de testemunhos de sondagem. O granito apresenta textura equigranular hipidiomórfica média e composição que varia de sieno a monzogranítica. Sua mineralogia é constituída por K-feldspato (37-48 %), quartzo (17-33 %), plagioclásio (23-28 %), muscovita + biotita (7-11 %) e, subordinadamente (< 1 %), granada, zircão, monazita, apatita, ilmenita e magnetita. A biotita, de origem primária, apresenta teores de elementos maiores (e.g. Al, Fe e Mg) compatível com as de granitos peraluminosos. A muscovita em geral é magmática, com composição similar a dos granitos fortemente peraluminosos (e.g. teores de Al, Fe, Mg e Ti). Os teores de Or do K-feldspato (ortoclásio) variam entre 86-97 %. O plagioclásio é  predominantemente oligoclásico, subordinadamente apresentando composição albítica. Teores elevados de espessartina da granada (26-32 %) sugerem uma origem magmática. A apatita (fluorapatita) apresenta teores de F entre 3,0-4,5 %. O caráter peraluminoso deste granito o difere de todos os granitos descritos na região de Porto Alegre. Sua composição é similar a dos granitos com duas micas que compõem a Suíte Cordilheira (Batólito Pelotas), a qual engloba a maioria dos granitos peraluminosos tipo-S, sintranscorrentes a zonas de cisalhamento transcorrentes dúcteis encontradas no domínio oriental do Cinturão Dom Feliciano.

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Publicado

2019-11-20

Como Citar

VIEIRA, D. T., RAMOS, R. C., KOESTER, E., VIGNOL-LELARGE, M. L., PORCHER, C. C., GONZATI, C., BOSCATO GOMES, M. E., DAL OLMO-BARBOSA, L., SCOMAZZON, A. K., & FONTES PINTO, T. (2019). Petrografia e química mineral do Granito São Geraldo: evidências de magmatismo peraluminoso na região de Porto Alegre, RS. Pesquisas Em Geociências, 46(3), e0773. https://doi.org/10.22456/1807-9806.97382