Variabilidade do conteúdo iônico da neve e do firn ao longo de um transecto antártico

Autores

  • Filipe G. L. LINDAU Centro Polar e Climático, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500, CEP 91.540-000, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Jefferson C. SIMÕES Centro Polar e Climático, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500, CEP 91.540-000, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Magdalena M. MARQUES Centro Polar e Climático, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500, CEP 91.540-000, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Daiane F. HAMMES Centro Polar e Climático, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500, CEP 91.540-000, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Daniel B. DA SILVA Centro Polar e Climático, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Av. Bento Gonçalves, 9500, CEP 91.540-000, Porto Alegre, RS, Brasil.
  • Gino CASASSA Centro de Estudios Cientificos, Geoestudios.
  • Sharon SNEED University of Maine, Bryand Global Sciences Center, 303, Orono, ME 04469-5790, EUA.
  • Douglas INTRONE University of Maine, Bryand Global Sciences Center, 303, Orono, ME 04469-5790, EUA.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.78218

Palavras-chave:

Íons majoritários, testemunhos de neve e firn, Antártica.

Resumo

Com o objetivo de interpretar a variabilidade no conteúdo iônico da neve e do firn entre Patriot Hills (80º18’S, 81º21’W) e o Polo Sul Geográfico, foram determinadas as concentrações dos íons majoritários e as razões isotópicas das 200 primeiras frações de cinco testemunhos de neve e firn (com profundidades de até 46 m), durante a travessia chileno-brasileira ocorrida no verão de 2004–2005. Após as amostras serem limpas (em câmara fria) e derretidas (em sala limpa classe 100), os íons Na+ , K+ , Mg2+, Ca2+, MS- (CH3 SO3 - ), Cl- , NO3 - e SO4 2- foram analisados por cromatografia iônica, com limites de detecção entre 0,3 e 1,8 µg L-1, dependendo do íon. A razão isotópica deutério/hidrogênio (δD) foi determinada com precisão de 0,5‰. Dataram-se as amostras, com precisão anual e exatidão de ±2 anos, a partir da contagem anual de camadas de neve e de firn dos perfis de Na+ , nssSO4 2- (sulfato não proveniente do sal marinho, do inglês non-sea-salt sulfate) e δD. A partir da datação obteve-se as taxas médias de acumulação líquida de neve para os sítios de cada testemunho de neve e firn, as quais apresentaram uma correlação negativa (r > 0,4, em módulo) à medida que se aumentavam a elevação e a distância da costa, respondendo, ainda, às feições superficiais locais e à ocorrência de ventos catabáticos. Constataram-se aerossóis do sal marinho com alteração na razão Na+ /Cl- no registro dos cinco testemunhos de neve e firn, mas a presença de aerossóis produzidos na formação do gelo marinho só foi identificada nos sítios mais próximos à costa. Os registros de NO3 - , assim como os de MS- , indicam a provável ocorrência de processos pós- -deposicionais, ligados tanto a eventos vulcânicos, como a reações fotoquímicas acentuadas por superfícies com formação de esmalte de gelo.

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Publicado

2016-02-27

Como Citar

LINDAU, F. G. L., SIMÕES, J. C., MARQUES, M. M., HAMMES, D. F., DA SILVA, D. B., CASASSA, G., SNEED, S., & INTRONE, D. (2016). Variabilidade do conteúdo iônico da neve e do firn ao longo de um transecto antártico. Pesquisas Em Geociências, 43(3), 213–228. https://doi.org/10.22456/1807-9806.78218