Proveniência de metassedimentos das sequências Arroio Areião, Cerro Cambará e Quartzo Milonitos no Complexo Metamórfico Porongos, Santana da Boa Vista, RS

Autores

  • Leonardo GRUBER Programa de Pós-graduação em Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Carla C. PORCHER Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Cristine LENZ Laboratório de Geologia Isotópica, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Luis A. D. FERNANDES Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.35157

Palavras-chave:

Complexo Metamórfico Porongos, idades U-Pb em zircão, proveniência

Resumo

Estudos de proveniência em grãos de zircão detríticos através do método U-Th-Pb (LA-ICPMS) dos metassedimentos do Complexo Metamórfico Porongos determinaram a existência de duas áreas-fontes principais de idades paleoproterozóicas e mesoproterozóicas para os protólitos dos xistos Arroio Areião, Cerro Cambará e quartzo milonitos associados. Foram obtidas idades entre 1041 ± 46 Mae 2414 ± 31 Ma para a sequência Arroio Areião, entre 1010 ± 17 Ma e 2652 ± 32 Ma para a sequência Cerro Cambará, e idades entre 1619 ± 39 Ma e 2910 ± 24 Ma para os quartzo milonitos associados. A idade máxima de deposição das sequências Arroio Areião e Cerro cambará é neoproterozóica, enquanto os quartzo milonitos possuem idade máxima de deposição mesoproterozóica. A origem dos grãos de idade paleoproterozóica pode ser correlacionada às rochas do Complexo Encantadas, que faz parte do embasamento das unidades supracrustrais, além de rochas do embasamento do cráton Kalahari. Entretanto, áreas-fontes de idade mesoproterozóica (entre 1041 e 1619 Ma) não foram ainda reconhecidas no Cinturão Dom Feliciano. Estes grãos de zircão podem ser derivados de associações de rocha pertencentes aos terrenos mesoproterozóicos (tipicamente associados com as orogêneses Elzeverian e Greenville) associados ao sistema geodinâmico que inclui os crátons Amazonas, Kalahari, Congo – São Francisco e Laurencia e cinturões associados. Este trabalho demonstra que do ponto de vista isotópico e estratigráfico, não existem diferenças significativas de idades detríticas entre as sequências metassedimentares que afloram nos flancos da Antiforme de Santana da Boa Vista.

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Biografia do Autor

Leonardo GRUBER, Programa de Pós-graduação em Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Possui graduação (2007) em Geologia pela UFRGS, e mestrado (2011) em Geociências com ênfase em Geoquímica, pelo curso de pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul . Possui experiência no uso de espectrômetros tipo LA-MC-ICPMS, TIMS e SHRIMP, e aplicações dos métodos U-Pb em zircão, Sm-Nd, Pb-Pb, Rb-Sr em rocha-total para estudos de proveniência de sedimentos e evolução crustal.

Carla C. PORCHER, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1989), mestrado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1992) e doutorado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1996). Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É membro da Comissão de Técnica do Laboratório de Geologia Isotópica do IG/UFRGS. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geotectônica, atuando principalmente nos seguintes temas: Cinturão Dom Feliciano, Petrologia Metamórfica, Geologia Estrutural, Complexo Metamórfico Porongos e metamorfismo de alto grau.

Cristine LENZ, Laboratório de Geologia Isotópica, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2004), mestrado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006), doutorado em Geociências pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2010), com periodo de doutorado-sanduiche na Curtin University Of Technology (2009). Atualmente professora adjunta do curso de Geologia da Universidade Federal de Sergipe. Tem experiência na área de Geotectônica, Geocronologia, Geoquímica e Petrologia Metamórfica.

Luis A. D. FERNANDES, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Possui graduação em Geologia pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul(1981), doutorado em Geologia pela University of Glasgow(1987), pós-doutorado pela University of Manchester(1996) e pós-doutorado pela The University of Western Australia(2007). Atualmente é Professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Geociências, com ênfase em Geologia. Atuando principalmente nos seguintes temas:Lewisian Complex, Tectonica, Geologia Estrutural, Deformação, Metamorfismo e Loch Maree.

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Publicado

2011-12-31

Como Citar

GRUBER, L., PORCHER, C. C., LENZ, C., & FERNANDES, L. A. D. (2011). Proveniência de metassedimentos das sequências Arroio Areião, Cerro Cambará e Quartzo Milonitos no Complexo Metamórfico Porongos, Santana da Boa Vista, RS. Pesquisas Em Geociências, 38(3), 205–224. https://doi.org/10.22456/1807-9806.35157