O Magmatismo Shoshonítico no Estado do Rio Grande do Sul. Uma Revisão

Autores

  • EVANDRO FERNANDES DE LIMA CPGq/Instituto de Geociências/ UFRGS
  • LAURO NARDI CPGq/ Instituto de Geociências/ UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.21311

Palavras-chave:

magmatismo shoshonítico, Rio Grande do Sul, revisão

Resumo

A Associação Shoshonítica de Lavras do Sul inclui uma grande variedade de rochas intrusivas e extrusivas, desde traquibasaltos até riolitos, de monzodioritos até sienogranitos e lamprófiros espessartíticos. Suas características mineralógicas, petrográficas e geoquímicas são consistentes com as de associações shoshoníticas típicas. Entre os aspectos químicos mais relevantes, além do abrupto enriquecimento em K2O dos termos básicos até os intermediários, destacam-se os elevados teores de Ba e Sr, concentrações moderadas de TiO2, P2O5, Nb, Zr, Y e F. Seus padrões de terras raras são caracterizados por valores de Cen em torno de 100 razões Cen/Ybn próximas de 15 e ausência de anomalias de Eu, só registradas nos termos graníticos mais evoluídos. A diferenciação dos magmas shoshoníticos envolveu processos concomitantes de fracionamento mineral e contaminação, registrando-se a presença de rochas cumuláticas absaroquíticas e anortosíticas. O magmatismo é dominantemente mantélico, com razões iniciais 87Sr/86Sr próximas de 0,704. Sua idade situa-se em torno de 645 Ma, assinalando os estágios finais da Orogênese Brasiliana. A exemplo de associações similares, a Associação Shoshonítica de Lavras do Sul tem elevada potencialidade metalogenética, principalmente para depósitos incluindo sulfetos de cobre e ouro.


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Publicado

1992-12-31

Como Citar

DE LIMA, E. F., & NARDI, L. (1992). O Magmatismo Shoshonítico no Estado do Rio Grande do Sul. Uma Revisão. Pesquisas Em Geociências, 19(2), 190–194. https://doi.org/10.22456/1807-9806.21311

Edição

Seção

ARTIGOS