Padrões morfológicos das geleiras da ilha Brabant, Antártica
DOI:
https://doi.org/10.22456/1807-9806.17869Palavras-chave:
glaciologia, ilha Brabant, sensoriamento remoto.Resumo
A morfologia e a variação frontal das geleiras do campo de gelo da ilha Brabant, oeste da Península Antártica, foi estudada com o uso de imagens de satélite, estas obtidas pelos satélites LANDSAT 5 e 7 em 1989 e 2001. A metodologia do trabalho está baseada na interpretação integrada de diferentes dados e mapeamentos dos fatores controladores da dinâmica e morfologia dos limites das bacias de drenagem glacial, usando um sistema de informação geográfica. Setenta e seis bacias de drenagem glacial foram identificadas no campo de gelo que recobre a ilha, determinadas pelo controle estrutural do embasamento, responsável pelas diferenças morfológicas existentes entre as bacias glaciais do setor oeste e leste, que são realçadas pelas condições climáticas e oceanográficas encontradas nos dois setores da costa. A variação glacial é basicamente controlada pela topografia e secundariamente, pelas condições climáticas. A área da ilha em 1989 era de 916 km2 , sendo que 98,5% estavam recoberta por gelo. No período compreendido entre 1989 e 2001, 23 geleiras apresentaram variação na sua porção frontal, onde 18 apresentaram retração e 5 avançaram. O balanço dessas variações resultou numa perda de 2,7 km2 na área da ilha.