Relatar um corpo vigiado: memórias de freiras mística na América Colonial

Autores

  • Karine Rocha Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.75538

Palavras-chave:

literatura colonial, corpo, autohagiografia.

Resumo

O presente artigo tem por objetivo apresentar e analisar a forma como o corpo feminino se apresenta nas memórias de vida das freiras hispano-americanas do século XVIII. Estas memórias são conhecidas por autohagiografia ou autobiografia por mandato. Narrar a vida era permitido apenas a freiras que experimentavam momentos místicos. A Igreja acreditava que através destes relatos seria possível descobrir se as religiosas mantinham contato com Deus ou o diabo. Desta forma, uma das peças central de análise para o clero era o corpo. Encarado como um elemento negativo dentro do universo cristão, o corpo relatado pelas freiras é algo a ser aniquilado, com o fim de atingir um status angelical. Jejuns e flagelações faziam parte de uma rotina de vida que eliminaria o desejo, mas também construía uma mística amorosa com Deus. Para analisar esta problemática, recorremos a fortuna teórica literária americana especializada nas memórias das freiras, além de historiadores que se dedicam tanto a história do corpo no ocidente quanto a história da igreja católica.

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Biografia do Autor

Karine Rocha, Universidade Federal de Pernambuco

Professora do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFPE. Professora ds literatura de língua espanhola do departamento de Letras da UFPE

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Publicado

2018-05-29

Como Citar

Rocha, K. (2018). Relatar um corpo vigiado: memórias de freiras mística na América Colonial. Nau Literária, 13(02). https://doi.org/10.22456/1981-4526.75538