Panteísmo e a cosmovisão da poesia brasileira da belle époque: diálogos entre Augusto dos Anjos, Pedro Kilkerry e Gilka Machado.

Autores

  • Fabiano Rodrigo da Silva Santos UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Faculdade de Ciências e Letras, Campus de Assis.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.75390

Palavras-chave:

Panteísmo, Poesia da belle époque, Poesia brasileira, Simbolismo, Modernidade

Resumo

Este artigo apresenta considerações sobre o panteísmo em Augusto dos Anjos, Pedro Kilkerry e Gilka Machado, tomando-a como elemento integrador de uma cosmovisão comum a seus projetos estéticos particulares. Embora sua poesia se delineie a partir de dicção aparentemente distinta, os três parecem debruçar-se sobre motivos a eles comuns: a ânsia pelo absoluto, a busca de nexos que integrem todos os seres na ordem cósmica, a indagação sobre existência ou ausência de Deus, emergem nos versos de Augusto dos Anjos, Kilkerry e Gilka Machado, como notas de um conflito entre a constatação do vazio metafísico moderno e um esforço por reencantar o mundo à luz dos sistemas de pensamento populares entre fins dos oitocentos e início do século XX. Ecos do monismo haeckeliano, da estética metafísica de Schopenhauer, e da doutrina da potência de Nietzsche são ouvidas na lira desses três contemporâneos que parecem ter buscado resposta nos sistemas filosóficos modernos a antigas inquietações da poesia idealista. Ao contrário dos primeiros simbolistas, que lhes comunicaram a angústia diante da inacessibilidade do ideal, os poetas aqui considerados não parecem buscar o absoluto num mundo transcendente, mas no encantamento da realidade imanente, via a revelação de um cosmos animado pela perspectiva panteísta.

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Biografia do Autor

Fabiano Rodrigo da Silva Santos, UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho". Faculdade de Ciências e Letras, Campus de Assis.

Graduado em Letras, Mestre e Doutor em Estudos Literários, Pela UNESP, FCL, Campus de Araraquara. Atualmente é professor de Literatura Brasileira, do Departamento de Literatura, UNESP, FCL, Campus de Assis. Pesquisas e produções incluem temas como: relações entre poesia moderna e romantismo, estética do sublime e estética do grotesco.

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Publicado

2018-07-10

Como Citar

Santos, F. R. da S. (2018). Panteísmo e a cosmovisão da poesia brasileira da belle époque: diálogos entre Augusto dos Anjos, Pedro Kilkerry e Gilka Machado. Nau Literária, 14(1). https://doi.org/10.22456/1981-4526.75390

Edição

Seção

SEÇÃO LIVRE