Infância, violência e "guineidades"

Autores

  • Erica Cristina Bispo Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.36986

Palavras-chave:

Infância, Guiné-Bissau, Abdulai Sila, Odete Semedo, Tony Tcheka

Resumo

A colonização e a pós-colonialidade geraram uma nova concepção de infância, que é encurtada e/ou apagada por razões sócio-políticas. A violência da colonização, a luta pela independência e a distopia da pós-colonialidade colaboraram para o ingresso de crianças no mercado do trabalho, legalizado ou não. Sob esse cenário, a literatura contemporânea bissau-guineense delineia a imagem da criança em diferentes aspectos. Em Odete Semedo, vemos a influência das tradições no cotidiano dos guineenses, suas obras em prosa trazem, por exemplo, o drama de crianças que precisam se adequar às necessidades da família para suprir a demanda dos Irans. Em Abdulai Sila, as imagens da criança e da adolescência denunciam os males coloniais. Em Tony Tcheka, fica evidente o drama da criança que precisa trabalhar para sobreviver. É nossa pretensão verificar, a partir das especificidades da Guiné-Bissau – religiões predominantes, problemas políticos e educacionais –, como a literatura de Odete Semedo, Abdulai Sila e Tony Tcheka refletem o real na arte, no que diz respeito à temática e à problemática da infância.

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Biografia do Autor

Erica Cristina Bispo, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutoranda em Letras Vernáculas, subárea de Literaturas Portuguesa e Africanas. Especialista em Literatura da Guiné-Bissau.

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Publicado

2013-06-30

Como Citar

Bispo, E. C. (2013). Infância, violência e "guineidades". Nau Literária, 9(1). https://doi.org/10.22456/1981-4526.36986