Martim se tornou selvagem ao produzir a sua primeira flecha: um estudo de A maçã no escuro, de Clarice Lispector

Autores

  • Fabrício Lemos da Costa

DOI:

https://doi.org/10.22456/1981-4526.116719

Palavras-chave:

Clarice Lispector, A maçã no escuro, selvagem, indomesticado.

Resumo

O presente estudo tem como objetivo desenvolver uma análise do romance A maçã no escuro (1961), de Clarice Lispector (1920-1977). Em nossa abordagem, consideramos a presença do selvagem como particularidade que desloca e mobiliza o itinerário de Martim pelo que chamamos de indomesticado. Assim, é o animal e o orgânico que fazem do herói um personagem incapaz de pertencer às formas acabadas e definidas. Dessa forma, sublinharemos um caráter inconstante no modo de ser de Martim, que o leva às experiências desorganizadoras do mundo, culminando numa neutralidade e esvaziamento de uma visão lógica, social e burocrática. Para este trabalho, recorremos às reflexões de Andrade (1972), Nunes (1979), Jardim (2016), Bataille (2018), Barthes (2003), Derrida (2005), Deleuze e Guattari (1980), Giorgi (2016), Santiago (2000, 2006), Nascimento (2012), Sá (1979, 2004), Sousa (2012), Viveiros de Castro (2002) e Librandi-Rocha (2012).

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Publicado

2021-07-17

Como Citar

Lemos da Costa, F. (2021). Martim se tornou selvagem ao produzir a sua primeira flecha: um estudo de A maçã no escuro, de Clarice Lispector. Nau Literária, 17(1), 161–180. https://doi.org/10.22456/1981-4526.116719

Edição

Seção

DOSSIÊ CLARICE LISPECTOR: ILUMINAÇÕES PARA O TEMPO PRESENTE