O FUTEBOL “DE VÁRZEA” É “UMA VÁRZEA”!? ETNOGRAFIA DA ORGANIZAÇÃO NO CIRCUITO MUNICIPAL DE PORTO ALEGRE
Mauro Myskiw, Marco Paulo Stigger
Resumo
Este estudo retrata a análise da relação entre a noção de organização quando aproximada “da várzea”. Fizemos isso tendo como base um estudo etnográfico multilocalizado realizado entre fevereiro de 2009 e dezembro de 2011, num circuito de futebol da cidade de Porto Alegre, reconhecido como “Municipal da Várzea”. Nesse circuito foram produzidas diferentes trajetórias de imersão, com o intuito de seguir pessoas, práticas e artefatos relacionados aos processos de organização das competições e dos times. Procuramos mostrar como a “organização varzeana” resulta da tensão entre dois modelos, aqui compreendidos a partir das categorias “mais próximo do profissional” e “aqui é a várzea”. Com base no exercício de análise do campo empírico, pudemos entender que a expressão “uma várzea”, no universo da organização futebolística estudado, não pode ser compreendida simplesmente como falta ou carência de organização, mas sim enquanto construções locais que não estão suscetíveis tão somente às lógicas de um universo simbólico, pois dependem do reconhecimento de dinâmicas e agenciamentos da vida cotidiana que vão para além do jogo propriamente dito.
Palavras-chave
Gestão. Futebol. Várzea. Etnografia. Organização.
DOI:
https://doi.org/10.22456/1982-8918.42060
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