O jogo prende, o jogo liberta. Para uma Filosofia dos Jogos de conteúdo cultural-educacional.

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-1654.76793

Palavras-chave:

Jogos educacionais, Filosofia do jogo, Vilém Flusser, Jogo como cultura

Resumo

O artigo propõe uma filosofia dos jogos, voltada às experiências de desenvolvimento de jogos educacionais. O aporte conceitual é o da “filosofia da fotografia”, de Vilém Flusser, onde trata da constituição da imagem técnica desvelada pelo gesto fotográfico. Aqui, redirecionamos os conceitos básicos da sua filosofia para a análise da constituição do jogo, desvelado pelo design. Na fotografia e no jogo, temos que as relações de produção são técnicas, porque constituídas pela mediação de aparelhos e programas. A força epistemológica de um jogo, reveladora da nossa condição cultural, social, política e ética, realiza-se no desvelamento dessa sua condição técnica. A partir dessa filosofia do jogo é que analisamos o Geração Água, um jogo educacional sobre os cuidados com a água, e chegamos a compreensão de que o que está em jogo, fora do jogo é a automatização de modelos de desenvolvimento onde desaparecem o sujeito e a natureza.

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Biografia do Autor

Norberto kuhn junior, UNIVERSIDADE FEEVALE

Dr em Ciências da Comunicação. Professor do Programa de Pós Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social e do Mestrado Profissional em Industria Criativa.

Gustavo Roese Sanfelice, UNIVERSIDADE FEEVALE

Dr em Ciências da Comunicação. Professor do Programa de Pós Graduação em Diversidade Cultural e Inclusão Social.

Simone Carvalho da Rosa, Universidade Feevale

Professora de Ensino Superior Curso de Publicidade e Propaganda, Especialista em Publicidade e Propaganda e Mestranda do Mestrado Profissional em Industria Criativa.

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Publicado

2017-12-31

Como Citar

KUHN JUNIOR, N.; SANFELICE, G. R.; DA ROSA, S. C. O jogo prende, o jogo liberta. Para uma Filosofia dos Jogos de conteúdo cultural-educacional. Informática na educação: teoria & prática, Porto Alegre, v. 20, n. 4 dez, 2017. DOI: 10.22456/1982-1654.76793. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/InfEducTeoriaPratica/article/view/76793. Acesso em: 29 mar. 2024.