Os antidepressivos e o jornalismo brasileiro: breve histórico de uma relação ciclotímica (1990-2010)

Autores

  • Ericson Saint Clair

Palavras-chave:

Jornalismo científico. Análise do discurso. Antidepressivos. Depressão.

Resumo

O artigo investiga, em perspectiva historicizante, a abordagem midiática dos medicamentos antidepressivos. Empreendemos pesquisa empírica com a análise de 863 matérias do jornal Folha de São Paulo e da revista Veja entre as décadas de 1970 e 2010. Concentramo-nos na intricada relação entre jornalismo e antidepressivos, sobretudo a partir dos anos 90, quando a depressão adquire relevância social na esteira do advento da psicopatologia descritiva, do sucesso das neurociências e do avanço da indústria de medicamentos. Descrevemos a construção discursiva midiática referente aos antidepressivos como ciclotímica: com exceção de um breve período na década de 90, os veículos analisados não simplesmente ratificam os ditames da indústria farmacêutica; eles selecionam, também, as diferentes informações de acordo com os pressupostos midiáticos de atenção à novidade e ao conflito, sem, no entanto, dar visibilidade aos meandros desta polêmica modalidade terapêutica.

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Publicado

2013-07-25

Como Citar

SAINT CLAIR, E. Os antidepressivos e o jornalismo brasileiro: breve histórico de uma relação ciclotímica (1990-2010). Em Questão, Porto Alegre, v. 19, n. 1, p. 275–293, 2013. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/26758. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo