Organização e representação do conhecimento arquivístico: em busca de um método para construção de tesauro funcional
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245251.368-389Palavras-chave:
Organização do conhecimento arquivístico. Tesauro funcional. Vocabulário controlado arquivístico.Resumo
A produção e o uso do conhecimento arquivístico no cenário das Tecnologias de Informação e Comunicação apresentam um ambiente complexo. Assim, refletir sobre as formas de representar o conhecimento arquivístico com instrumentos terminológicos contribui para o acesso informacional. Nessa perspectiva, os tesauros funcionais, como campo de estudo dentro da área, atuam como uma ferramenta complementar de solução aos problemas de acesso à informação arquivística. Em vista disso, este trabalho tem como objetivo realizar uma sistematização metodológica da construção de um tesauro funcional. Quanto aos procedimentos metodológicos, caracterizam-se como pesquisa bibliográfica e exploratória com abordagem qualitativa. Utiliza-se o método de análise de conteúdo de Bardin, que após a pré-análise e a exploração do material (literatura técnico-científica) agrupou-se as categorias: natureza pragmática conceitual, aspectos preliminares necessários e funções que o tesauro desempenha, além do aspecto teórico evidenciado, etapas e ações fundamentais para a construção do tesauro funcional. Verificou-se que, para a construção dos tesauros funcionais, o manual do Arquivo Nacional da Austrália, pioneiro em manual de tesauro funcional, descreve passos e ações necessárias para a sua construção. Conclui-se que essa trajetória da construção do tesauro funcional caminha por um estágio inicial, revelando a necessidade de aprofundamento teórico dessa temática junto a outras áreas do conhecimento.
Downloads
Referências
AGUIAR, F. L.; TALÁMO, M. F. G. M. O Controle de vocabulário da linguagem orgânico-funcional: concepção e princípios teórico-metodológicos. Acervo, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 117-138, jan./jun. 2012.
ALENCAR, Maíra Fernandes. Organização e representação do conhecimento na arquivística: abordagens para construção de tesauros funcionais. 2017. Dissertação (Mestrado em Ciência da Informação) - Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2017.
ARAÚJO, C. A. A. O que é ciência da informação? Informação e Informação, Londrina, v. 19, n. 1, p. 1- 30, jan./abr. 2014.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2003.
BRASCHER, M.; CAFÉ, L. Organização da informação ou organização do conhecimento. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 9., 2008, São Paulo. Anais... São Paulo: ENANCIB, 2008. p. 1-14.
BUFREM, L. S.; ARBOIT, A. L.; SORRIBAS, T. V. Organização do conhecimento e a teoria do Círculo de Bakhtin. In: PÉREZ PAIS, C.; GONZÁLEZ BONOME, M. de los A. (Ed.). 20 Años del capítulo español de ISKO: actas del X Congreso ISKO capítulo español. Coruña: Universidade da Coruña, 2012. p. 265-281.
CINTRA, A. M. M. et al. Para entender as linguagens documentárias. 2. ed. ão Paulo: Polis, 2002.
CAPURRO, R. Epistemologia e ciência da informação. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 5., 2003, Belo Horizonte. Anais... Belo Horizonte: UFMG, 2003.
CAPURRO, R.; HJØRLAND, B. O conceito de informação. Perspectivas em Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 12, n. 1, p. 148-207, jan./abr. 2007. Tradução do artigo The concept of information publicado no periódico Annual Review of Information Science of Technology no ano de 2003.
ESTEBAN NAVARRO, M. A.; GARCÍA MARCO, F. G. Las “primeras jornadas sobre organización del conocimiento: organización del conocimiento e información científica”. Scire, Saragoça, v. 1, n. 1, p. 149-157, enero/jun. 1995.
HJØRLAND, B. What is Knowledge Organization (KO)? Knowledge organization, Copenhagen, v. 35, n. 2, p. 86-101, July 2008.
LOPES YEPES, José. Teoria da Ciência da Documentação. 2016. Anotações de aula.
MCGARRY, K. O contexto dinâmico da informação. Brasília: Briquet de Lemos, 1999.
MOREIRA, W. et al. Vocabulário controlado para a representação documentária em arquivos correntes da UNESP. In: SEMINÁRIO CIENTÍFICO ARQUIVOLOGIA E BIBLIOTECONOMIA, 4., 2015, Marília. Anais.... Marília: UNESP, 2015. p. não consta.
NATIONAL ARCHIVES OF AUSTRALIA. Developing a functions thesaurus: guidelines for commonwealth agencies. Canberra: NAA, 2003.
RENDÓN ROJAS, M. A. Relación entre los conceptos: información, conocimiento valor: semejanzas y diferencias. Ciência da Informação, Brasília, v. 34, n. 2, p.52-61, maio/ago. 2005.
SILVA, M. A.; RIBEIRO, F. Das “ciências” documentais à ciência da informação: ensaio epistemológico para um novo modelo curricular. Porto: Afrontamento, 2002.
SILVA, A. M. et al. Arquivística: teoria e prática de uma Ciência da Informação. Porto: Afrontamento, 1999.
SMIT, J. W.; KOBASHI, N. Y. Como elaborar vocabulário controlado para aplicação em arquivos. São Paulo: Arquivo do Estado, 2003
TOGNOLI, N. B. A representação na Arquivística contemporânea. Revista Ibero-Americana de Ciência da Informação, Brasília, v. 5, n. 2, p. 79-92, jul./dez. 2012.
TOGNOLI, N. T.; BARROS, T. H. B. Os processos de representação do conhecimento arquivístico: elementos históricos e conceituais da classificação e descrição. In: GUIMARÃES, J. A. C.; DODEBEI, V. (Org.). Estudos Avançados em Organização do Conhecimento: organização do conhecimento e diversidade cultural. Marília: Fundepe, 2015,. p. 94-99. v. 3.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2018 Maíra Fernandes Alencar, Brígida Maria Nogueira Cervantes
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito. De acordo com a licença, deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Não é permitido aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.