Os Anais da Academia Brasileira de Ciências e a pesquisa científica no Brasil: estudo exploratório com base no índice-h
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245212.95-118Palavras-chave:
Análise de citações. Índice-h. Autoria. Produção científica. Periódicos científicos.Resumo
Estudo exploratório realizado no periódico Anais da Academia Brasileira de Ciências (AABC) no período de 1966 a 2012. O objetivo foi analisar as variáveis autoria, gênero, afiliação e áreas do conhecimento a que se vinculam os autores de artigos selecionados, identificados na base de dados Web of Science (WoS), através dos valores do índice-h dos artigos deste periódico no período. Os resultados indicaram que os 33 artigos mais citados receberam um total de 1.684 citações, o que representa 18% de todas as citações recebidas pelos 4.040 artigos identificados pela WoS nos AABC. Neste conjunto de artigos a autoria única é predominante, a maior parte dos autores é do gênero masculino e está afiliada a instituições brasileiras, principalmente universidades; a maior incidência de citações vinculadas à área das Ciências Biomédicas e Médicas. Apesar dos resultados não evidenciarem novidade relevante que altere o perfil da atual produção científica brasileira, buscou-se promover maiores oportunidades de reflexão e discussão dos resultados da pesquisa, analisando peculiaridades relativas a alguns artigos mais citados e estabelecer uma comparação de alguns dados gerais dos AABC com o periódico Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States.Downloads
Referências
ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. História. 2009. Disponível em: <http://www.abc.org.br/article.php3?id_article=4>. Acesso em: 25 jan. 2015.
COSTAS, R.; BORDONS, M. Una visión crítica del índice h: algunas consideraciones derivadas de su aplicación práctica. El Profesional de la Información, Barcelona, v. 16, n. 5, 2007. Disponível em: <http://www.elprofesionaldelainformacion.com/contenidos/2007/septiembre/04.pdf>. Acesso em: 25 jan. 2015.
CRUZ, C. H. B. É preciso buscar maior impacto da ciência que é feita no Brasil. 2013. Disponível em: <http://www.sbpcnet.org.br/site/noticias/materias/detalhe.php?id=1896>. Acesso em: 18 mar. 2015.
EGGHE, L. The Hirsch Index and related impact measures. Annual Review of Information Science and Technology, White Plains, v.44, p.1-69, 2010.
GARFIELD, E. The history and meaning of the journal impact factor. JAMA: the Journal of the American Medical Association, Chicago, v. 295, n. 1, p. 90-93, 2006.
GIFALLI, M. Johanna Döbereiner. 2014. Disponível em: <http://www.iea.usp.br/pessoas/expositores/johanna-dobereiner>. Acesso em 08 jun. 2015.
GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2008.
HAYASHI, C. R. M. Métricas da participação feminina na ciência e tecnologia no contexto dos INCT’s: primeiras aproximações. Liinc em Revista, Rio de Janeiro, v. 9, n. 1, p. 143-170, maio 2013.
KELLNER, A. W. A.; PONCIANO, L. C. M. O. H-index in the Brazilian Academy of Sciences: comments and concerns. Anais da Academia Brasileira de Ciências, Rio de Janeiro, v. 80, n. 4, dez. 2008. Disponível em:
<http://dx.doi.org/10.1590/S0001-37652008000400016>. Acesso em: 30 jan. 2015.
LETA, J. et al. As mulheres na pesquisa, no desenvolvimento tecnológico e na inovação: uma comparação Brasil / França. Revista do Serviço Público, Brasília, v. 57, p. 531-547, 2006.
MARQUES, F. Os limites do índice-h: supervalorização do indicador que combina quantidade e qualidade da produção científica gera controvérsia. São Paulo: Revista Pesquisa FAPESP, São Paulo, n. 207, p. 35-39, maio 2013.
MUGNAINI, R., PACKER, A. L.; MENEGHINI, R. Comparison of scientists of the Brazilian Academy of Sciences and of the National Academy of Sciences of the USA on the basis of the h-index. Brazilian Journal of Medical and Biological Science, Ribeirão Preto, v. 41, n. 4, p. 258-262, 2008.
PRICE, D. J. S. Network of scientific papers: the pattern of bibliographic reference indicates the nature of scientific research front. Science, New York, v. 149, n. 3683, p. 510-515, Jul. 30, 1965.
ROUSSEAU, R. Journal evaluation: technical and practical issues. Library Trends, Baltimore, v. 50, n. 3, p. 418-439, 2002.
SCIMAGO JOURNAL RANK. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States. Disponível em: <http://www.scimagojr.com/journalsearch.php?q=21121&tip=sid>. Acesso em: 17 mar. 2015.
SCHWARTZMAN, S. Um espaço para a ciência: a formação da comunidade científica no Brasil. Brasília: Ministério de Ciência e Tecnologia, 2001. Tradução de Sérgio Bath e Oswaldo Biato. Disponível em: <http://www.schwartzman.org.br/simon/spacept/espaco.htm>. Acesso em 23 fev. 2014.
VERGARA, M. R. Ciência e modernidade no Brasil: a constituição de duas vertentes historiográficas da ciência no século XX. Revista da Brasileira de História da Ciência, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 22-31, 2004.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2015 Heloisa Ottoni, Maria Aparecida Teixeira, Cristiana Amarante, Rosane Castilho, Neusa Cardim
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito. De acordo com a licença, deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Não é permitido aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.