Da Diplomacia da Ciência à Diplomacia da Educação: o caso brasileiro

Autores

  • Gabriela Gomes Coelho Ferreira Universidade de São Paulo
  • Amancio Jorge Nunes Silva de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.22456/2178-8839.100750

Palavras-chave:

Política externa, Poder, Diplomacia Científica, Diplomacia da Educação.

Resumo

O uso de recursos de soft power em estratégias inteligentes, geralmente tem sido vinculada pela literatura aos países desenvolvidos devido a uma perspectiva em que - especialmente - soft power é visto como uma extensão do hard power. No entanto, o Brasil, um país em desenvolvimento, assina Acordos Culturais desde a década de 1930, com o objetivo de usar a ciência e a educação como ferramentas diplomáticas. Este artigo tem como objetivo dar uma perspectiva histórica à diplomacia científica brasileira através da assinatura desses acordos culturais bilaterais desde a década de 1930 e seu desenvolvimento na diplomacia educacional na década de 1960. Mostramos neste artigo que o Brasil criou uma forte diplomacia científica, incorporada à sua diplomacia cultural, baseando-se na criação de uma narrativa legítima baseada na cultura, ciência e educação como alternativa à sua falta de força. Esses acordos culturais foram desenvolvidos em programas de intercâmbio nacional focados principalmente em estudantes do ensino superior desde 1965, e ainda existem hoje em dia - uma das estratégias de diplomacia da ciência (e da educação) mais longas do mundo, criando uma política externa bem-sucedida e estável, administrada pelo órgão diplomático brasileiro.

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Publicado

2020-06-24

Como Citar

Ferreira, G. G. C., & Oliveira, A. J. N. S. de. (2020). Da Diplomacia da Ciência à Diplomacia da Educação: o caso brasileiro. Conjuntura Austral, 11(54), 90–104. https://doi.org/10.22456/2178-8839.100750