A Guerra do Paraguai na historiografia brasileira: algumas considerações

Autores

  • ANDRÉ Mendes Salles Universidade Federal de Pernambuco

DOI:

https://doi.org/10.22456/2595-4377.49957

Palavras-chave:

Guerra do Paraguai, Historiografia brasileira, Balanço historiográfico.

Resumo

Este artigo trata da historiografia brasileira relativa à Guerra do Paraguai. Consideramos as quatro versões predominantes nessa historiografia, quais sejam: a versão que se deu logo após a guerra, versão esta propagada pelo exército brasileiro (a historiografia memorialístico-militar-patriótica); a historiografia propagada pelos positivistas ortodoxos; o revisionismo das décadas de 1960/70/80, com destaque para León Pomer (1979; 1980) e Júlio Chiavenatto (1983); e a corrente interpretativa chamada por alguns estudiosos de neo-revisionismo, com destaque para Francisco Doratioto (2002). Demos ênfase às duas últimas historiografias, apreendendo, sobretudo, as questões relacionadas às causas do conflito, e ponderamos a historiografia neo-revisionista produzida pelo historiador Francisco Doratioto.

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Biografia do Autor

ANDRÉ Mendes Salles, Universidade Federal de Pernambuco

Graduado em História pela Universidade Federal de Pernambuco. Mestre em História pela Universidade Federal da Paraíba e doutorando em Educação pela UFPE.

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Publicado

09-08-2015

Como Citar

SALLES, A. M. A Guerra do Paraguai na historiografia brasileira: algumas considerações. Cadernos do Aplicação, Porto Alegre, v. 28, 2015. DOI: 10.22456/2595-4377.49957. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/CadernosdoAplicacao/article/view/49957. Acesso em: 28 mar. 2024.