Os contos de fada e sua contextualização: os clássicos e a indústria cultural

Autores

  • Maria Angélica Seabra Rodrigues Martins UNESP
  • Glaucia Mariana Reis UNESP

DOI:

https://doi.org/10.22456/2595-4377.43945

Palavras-chave:

Contos de fada, Clássicos, Intertextualidade, Semiótica, Educação.

Resumo

Os contos de fada são utilizados, há muito tempo, como transmissores de valores morais referentes à época em que se situam, embora pouco se questione as influências que os contos sofreram e que também deixaram a partir do contexto em que se inserem. Neste artigo pretende-se –  com o auxílio teórico-metodológico dos conceitos bakhtinianos de polifonia e dialogismo, além da intertextualidade proposta por Kristeva, na década de 1960, e dos elementos apresentados pela semiótica greimasiana –  analisar como a influência de outras obras, do momento histórico-social, e da ideologia do próprio escritor constroem um discurso-texto, de acordo com os ditames da época em que os contos de fada foram produzidos, propiciando novos  olhares, novas leituras sobre os clássicos, que, como obra, perduram há séculos. 

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Biografia do Autor

Maria Angélica Seabra Rodrigues Martins, UNESP

Docente da Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação na Unesp – Bauru. Coordenadora do GEPLLE (Grupo de Estudos em Linguística, Literatura e Educação).

Glaucia Mariana Reis, UNESP

Membro do GEPLLE – Grupo de Estudos em Linguística, Literatura e Educação. Graduanda em Pedagogia pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Campus de Bauru e Bolsista PROEX.

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Publicado

09-08-2015

Como Citar

MARTINS, M. A. S. R.; REIS, G. M. Os contos de fada e sua contextualização: os clássicos e a indústria cultural. Cadernos do Aplicação, Porto Alegre, v. 28, 2015. DOI: 10.22456/2595-4377.43945. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/CadernosdoAplicacao/article/view/43945. Acesso em: 28 mar. 2024.