POLÍTICA MONETÁRIA, EXPECTATIVAS E DERIVATIVOS: UMA ANÁLISE DO BRASIL NO PERÍODO 1995-98

Autores

  • Rogério Sobreira

DOI:

https://doi.org/10.22456/2176-5456.10794

Palavras-chave:

Derivativos, expectativas. Política monetária. Taxa de juros.

Resumo

O artigo discute os impactos das informações geradas pelos derivativos de taxas de juros sobre a condução da política monetária no Brasil no período 1995-98, sob o regime do câmbio fixo. Parte-se da tese que a taxa de juros de longo prazo é determinada pelo nível da taxa de juros básica de curto prazo (taxa spot), à qual se adicionam as expectativas a respeito do seu comportamento no futuro (taxas a termo esperadas) e um prêmio de risco determinado (a) pelos custos de transação associados às migrações de portfólios; (b) grau de confiança nas expectativas a respeito do comportamento futuro da taxa de juros de curto prazo; (c) data de realização do investimento; (d) grau de disposição a correr risco de capital; e (e) duração do portfólio. O artigo mostra que a inclusão de derivativos tende a volatilizar as expectativas quando o ambiente econômico é percebido como mais instável, levando à imposição de maiores prêmios de risco, intensificando os efeitos das crises de confiança e, com isso, dificultando as ações da autoridade monetária no sentido de determinar a taxa de longo prazo. Especificamente no caso do Brasil, o artigo mostra também que, diferentemente da experiência internacional, a piora das avaliações comunicada através dos derivativos dificultou até mesmo a formação da taxa básica de juros nos períodos que antecederam as crises asiática e russa.

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Publicado

2009-10-13

Como Citar

Sobreira, R. (2009). POLÍTICA MONETÁRIA, EXPECTATIVAS E DERIVATIVOS: UMA ANÁLISE DO BRASIL NO PERÍODO 1995-98. Análise Econômica, 22(42). https://doi.org/10.22456/2176-5456.10794