Pitiose fatal em eqüino tratado inicialmente para habronemose cutânea

Authors

  • Isabella Cristina de Faria Maciel UFMG
  • Janderson Tolentino Silveira UFMG
  • Carlos Alberto Maia UFMG
  • Rogério Marcos Sousa UFMG
  • Neide Judith Faria Oliveira UFMG
  • Eduardo Robson Duarte UFMG

DOI:

https://doi.org/10.22456/1679-9216.17306

Keywords:

Ptitiose, Diagnóstico diferencial, Imunoterapia, Norte de MInas Gerais, Eqüinos

Abstract

A pitiose eqüina, causada pelo

 

Pythium insidiosum, pode formar lesões profundas, de difícil tratamento que, freqüentemente, culminam na morte dos animais. O quadro agudo da doença pode ser confundido com habronemose cutânea ou outras dermatoses em eqüinos. Neste relato é descrito um quadro fatal de pitiose eqüina no Norte de Minas Gerais, Brasil, em que o animal foi inicialmente tratado para habronemose. Uma égua Mangalarga Marchador, de alto valor econômico e gestante, apresentou uma ferida na região inguinal do membro posterior direito. A lesão, com bordas elevadas e consistentes, possuía 20x35 cm de diâmetro, e envolvia vasos sanguíneos calibrosos. Após diagnóstico clínico de pitiose, foram instituídas a imunoterapia e a assepsia local com solução de iodo. Quatro meses após o início dessa terapia, a ferida apresentou melhora clínica, no entanto, o animal emagreceu, abortou e, posteriormente, foi a óbito. A única alteração visível à necropsia foi a lesão cutânea com aproximadamente 20 cm de diâmetro, profunda, chegando próxima ao osso fêmur. Ao ser dissecada, esta revelou a presença de inúmeros “kunkers” mergulhados em exsudato fétido e limitados por uma cápsula fibrosa. O exame micológico com KOH e o cultivo de fragmentos desses “kunkers” revelaram a presença de hifas hialinas espessas, sugestivas do gênero Pythium. A ocorrência de pitiose eqüina deve ser considerada mesmo em regiões semi-áridas, como o Norte de Minas, e o diagnóstico tardio da doença pode ter comprometido a eficácia da imunoterapia, proporcionando maior contaminação secundária e culminando na morte do animal.

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Author Biographies

Isabella Cristina de Faria Maciel, UFMG

Janderson Tolentino Silveira, UFMG

Setor de Zootecnia, Núcleo de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Campos Montes Claros, MG/Brasil.

Carlos Alberto Maia, UFMG

Setor de Zootecnia, Núcleo de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Campos Montes Claros, MG/Brasil.

Rogério Marcos Sousa, UFMG

Setor de Zootecnia, Núcleo de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Campos Montes Claros, MG/Brasil.

Neide Judith Faria Oliveira, UFMG

Setor de Zootecnia, Núcleo de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Campos Montes Claros, MG/Brasil.

Eduardo Robson Duarte, UFMG

Setor de Zootecnia, Núcleo de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Campos Montes Claros, MG/Brasil.

Published

2018-03-30

How to Cite

Maciel, I. C. de F., Silveira, J. T., Maia, C. A., Sousa, R. M., Oliveira, N. J. F., & Duarte, E. R. (2018). Pitiose fatal em eqüino tratado inicialmente para habronemose cutânea. Acta Scientiae Veterinariae, 36(3), 293–297. https://doi.org/10.22456/1679-9216.17306

Issue

Section

Hospital Forum

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