Uso do cobre no controle da verminose gastrintestinal em ovinos
DOI:
https://doi.org/10.22456/1679-9216.17041Keywords:
Cobre, Ovinos, Controle, Helmintos, HeamonchusAbstract
Este estudo teve o objetivo de verificar a ação do cobre contra reinfecções por helmintos gastrintestinais de ovinos em pastejo. Foram utilizados 32 ovinos da raça Corriedale, com aproximadamente 18 meses de idade, mantidos em campo nativo naturalmente contaminado por trichostrongilídeos. Os animais experimentais foram identificados, pesados e dosificados. Após, foram alocados em quatro grupos experimentais: T
I (tratado com cobre e necropsiado no 280 dia); TII (sem cobre e necropsiado no 280 dia); TIII (tratado com cobre e necropsiado no 560dia); TIV (sem cobre e necropsiado no 560 dia). Os grupos medicados com cobre receberam, via oral, uma cápsula gelatinosa de quatro gramas contendo 3,4 gramas de óxido de cobre. Os ovinos foram avaliados semanalmente através de contagem de ovos por grama de fezes (OPG), volume globular (VG), aspartato aminotransferase (AST) e concentrações de cobre no plasma. Ao abate foram determinados: carga parasitária, concentrações de cobre no fígado e peso dos fígados. Os resultados demostraram que os níveis de cobre no plasma não tiveram alterações significativas (P>0,05) entre os diversos tratamentos. Quanto aos níveis de cobre detectados no fígado dos animais abatidos observou-se que os lotes medicados com cobre apresentaram níveis mais elevados que os não medicados (P<0,05). Também foi observado que os níveis de AST nos grupos tratados com cobre apresentaram durante todo o período experimental valores levemente superiores aos dos grupos controles, mas diferença significativa (P<0,05) foi detectada apenas entre TI e TII. Quanto à avaliação do OPG, não foram observadas diferenças significativas entre os grupos (P>0,05). Com relação aos parasitos gastrintestinais, detectou-se que a administração de cobre contribuiu significativamente para uma menor reinfecção apenas pelo Haemonchus contortus e somente nos animais abatidos na quarta semana após o tratamento, onde a redução foi de 60% nos medicados (P<0,05). Outros fatores também monitorados, e que nos levam a inferir que o cobre, neste experimento, não atingiu níveis tóxicos foram a ausência de diferenças significativas quanto ao volume globular, concentrações de cobre no plasma, peso dos fígados e peso vivo dos animais (P>0,05). Com base nesses resultados podemos concluir que 3,4 gramas de óxido de cobre podem ser efetivas na redução das reinfecções por H. contortus, durante quatro semanas, sem causar toxicidade para ovinos criados extensivamente.
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