Prevalência de helmintos em Canis familiaris (Linnaeus, 1758) no Hospital de Clínicas Vetrinárias do Rio Grande do Sul através de diagnóstico post-mortem
DOI:
https://doi.org/10.22456/1679-9216.17038Keywords:
Parasitologia veterinária, Helmintos, Cães, Diagnóstico post-mortemAbstract
Nesta pesquisa investigou-se a prevalência de helmintos em 51 cães provenientes da rotina clínica e cirúrgica do Hospital de Clínicas Veterinárias da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (HCV-UFRGS) através de diagnóstico post-mortem durante os anos de 1998 a 2000. Do total de animais examinados, 72,5% estavam infectados por uma ou mais espécies de helmintos intestinais, sendo que a infecção múltipla foi mais comumente observada (76,32%). Assinalou-se a presença de quatro espécies de helmintos intestinais, descritas em ordem decrescente de prevalência:
Ancylostoma caninum (Ercolani, 1859) 53%, Dipylidium caninum (Limnaeus, 1758) 47%, Trichuris vulpis (Froelich, 1789) 39,2% e Toxocara canis (Werner, 1782) 19,6%. Não foram observados helmintos nos demais órgãos examinados. Nos exames parasitológicos de fezes realizados pelo Método de Willis-Mollay identificou-se a presença de ovos de helmintos intestinais em 51% das amostras. Através dos resultados evidenciou-se uma associação positiva entre a presença de ovos dos nematódeos das espécies A. caninum e T. vulpis nas fezes e a presença destes nematódeos adultos no intestino delgado dos cães. A prevalência de alguns helmintos como T. canis e T. vulpis foi afetada pela idade dos animais, sendo que T. canis foi mais freqüente em cães com idade inferior a um ano e T. vulpis em cães com mais de cinco anos de idade. Além destes resultados, nesta pesquisa foi aplicado um questionário a 89 clínicos veterinários de pequenos animais de Porto Alegre. A conduta dos clínicos em relação à profilaxia e ao tratamento da helmintose intestinal canina foi consultada. Os resultados evidenciaram que os clínicos veterinários devem rever sua conduta clínica em relação a helmintose intestinal canina. Do total de veterinários entrevistados, 60,4% indicam o primeiro tratamento anti-helmíntico para filhotes com idade acima de três semanas, 34,8% deles não discutem com os clientes assuntos relacionados a medidas higiênico-sanitárias e hábitos de defecação dos animais e 31,5% não orientam os clientes sobre a importância da verminose canina em relação as zoonoses. Uma minoria de 39,3% dos clínicos lembrou do potencial zoonótico do parasito T. canis responsável pela larva migrans visceral. A helmintose intestinal canina é uma realidade no HCV-UFRGS e programas de educação continuada devem ser realizados com os veterinários que trabalham nesta Instituição e em toda cidade de Porto Alegre, RS, para que helmintos comuns e perigosos, do ponto de vista de saúde pública, possam ser manejados através de medidas profiláticas simples e ao alcance de todos.
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