Josephine Baker e Mercedes Baptista:

casos de representações da mulher negra na dança

Autores

Palavras-chave:

Josephine Baker, Mercedes Baptista, Estereótipos, Danças Cênicas, Representação, dança cênica

Resumo

A partir da análise da trajetória de duas bailarinas, Josephine Baker e Mercedes Baptista, o artigo propõe uma reflexão acerca do conceito de estereótipos de Stuart Hall. Por serem mulheres negras, categorias eram aplicadas às suas movimentações sem maior profundidade: para Josephine, identificação com danças primitivas; para Mercedes, a falta de reconhecimento de um corpo negro em destaque na dança clássica. As formas como elas lideram com estereótipos e se tornaram agentes de seus corpos, além das marcas que deixaram na sociedade ocidental, serão aqui objetos de análise.

 

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Biografia do Autor

Julia Baker, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Doutoranda em Artes da Cena no Instituto de Artes da UNICAMP. Mestre em História, Política e Bens Culturais (CPDOC/FGV/RJ). Especialização em História da Arte e da Arquitetura no Brasil (PUC/RJ).  Bacharel em Ciências Sociais (UERJ) e em Produção Cultural (UFF).

Cássia Navas, Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP)

Professora-doutora colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Artes da Cena/Instituto de Artes (IA)/Universidade Estadual de Campinas, é graduada em direito (USP), doutora em dança e semiótica (PUC/SP), pós-doutora em artes (ECA/USP), especialista em gestão e políticas culturais (UNESCO, Université de Dijon, Ministère de la Culture/France).

Referências

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Acessado em 17 de jan de 2022.

Publicado

2022-10-27

Como Citar

Baker, J., & Navas, C. (2022). Josephine Baker e Mercedes Baptista:: casos de representações da mulher negra na dança. Revista Brasileira De Estudos Da Presença, 12(4), 1–23. Recuperado de https://seer.ufrgs.br/index.php/presenca/article/view/121937

Edição

Seção

Poéticas negras na cena contemporânea