MONSTROS, MÁQUINAS E OUTRAS CRIATURAS. A DISTOPIA E O SUBLIME EM DUAS FICÇÕES DE MIKHAIL BULGÁKOV

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22456/2238-8915.117403

Resumo

Partindo das estratégias narrativas que confluem em uma linguagem distópica, neste artigo analisar-se-á a interação do sublime como componente presente em dois romances breves do escritor russo Mikhail Bulgákov (1891-1940), Um coração de cachorro (Собачье сердце, 1925) e Os ovos fatais (Роковые яйца, 1925). O imaginário do escritor russo se serviu do monstruoso e do sinistro para denunciar a máquina burocrática soviética. Além de destacar a presença de elementos narrativos grotescos e satíricos, que interpretam, sui generis, a situação política da União Soviética dos anos 20 do século XX, observa-se uma pulsão extremamente moderna do sublime, pelo viés de ruptura de uma homogeneização utópica, que aponta para os signos de uma realidade reveladora de profundas aflições existenciais. 


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Biografia do Autor

Biagio D'Angelo, Universidade de Brasilia

Professor de Estética e Teoria da Arte do Programa de Pós-graduação em Artes Visuais, Instituto de Arte, Universidade de Brasilia. Pesquisador CNPq 2.

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Publicado

2021-12-17

Como Citar

D’ANGELO, B. MONSTROS, MÁQUINAS E OUTRAS CRIATURAS. A DISTOPIA E O SUBLIME EM DUAS FICÇÕES DE MIKHAIL BULGÁKOV. Organon, Porto Alegre, v. 36, n. 72, p. 48–65, 2021. DOI: 10.22456/2238-8915.117403. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/organon/article/view/117403. Acesso em: 4 jun. 2023.