O Prazer pelo Fazer: a Conexão Corporal na Identidade Jogador-Avatar
DOI:
https://doi.org/10.19132/1807-8583201946.99-126Palavras-chave:
Avatar. Corporalidade. Habilidade artesanal. Fenomenologia. Filosofia do corpo.Resumo
Este artigo trata sobre a relação entre jogadores e avatares, tendo como base a corporalidade, locomotividade e a habilidade artesanal. Para tanto, a fenomenologia de Merleau-Ponty é utilizada como base teórica, assim como, adaptações de frameworks de outros autores, como a locomoção corpórea de Sheets-Johnstone e a habilidade artesanal de Sennet. Pesquisas anteriores sobre a identidade jogador-avatar são discutidas e categorizadas em: visualidade, cognição, dramaturgia, prótese e sociabilidade, explicando cada uma. Posteriormente, a tais categorias serão reintroduzidas tendo como perspectiva o viés corpóreo, de forma a desenvolver novos sentidos e contrapontos, apresentados como: corporalidade digital (esquema corpóreo e perspectiva visual); locomoção e memória corporal; digital corporalidade e incorporação; extensão corporal; e o prazer pelo fazer. Por fim, esse artigo reflete sobre a importância da adoção dessas novas estruturas para se obter uma perspectiva mais completa da identidade jogador-avatar e escapar do imperialismo teórico.
Downloads
Referências
AARSETH, Espen Cybertext: Perspectives on Ergodic Literature. Baltimore: The John Hopkins University Press. 1997.
ALLEN-COLLINSON, Jacquelyn; HOCKEY, John (2009), ‘The Essence of Sporting Embodiment: Phenomenological Analyses of the Sporting Body,’. The International Journal of Interdisciplinary Social Sciences, vol. 4, n. 4, p.71-81. 2009.
BEHRENSHAUSEN, Bryan G. ‘Toward a (Kin)Aesthetic of Video Gaming: The Case of Dance Dance Revolution’. Games and Culture, vol. 2, n. 4, p. 335-354. 2007.
BOLTER, Jay David; GRUSIN, Richard. Remediation: Understanding New Media, Cambridge: The MIT Press. 2000.
BURN, Andrew. Playing Roles. In: CARR, Diane et al. (eds.), Computer Games: Text, Narrative and Play, Cambridge: Polity Press, 2006. p.72-88.
CASEY, Edward S. Remembering: A Phenomenological Study, Indiana University Press. 1987.
CLELAND, Kathy. ‘Prosthetic Bodies and Virtual Cyborgs’. Second Nature: International journal of creative media, vol. 1, n. 2, p. 72-99. 2010.
DOVEY, Jon; KENNEDY, Helen W. Gaming Cultures: Computer games as New Media, Berkshire: Open University Press. 2006.
FILICIAK, Miroslaw. ‘Hyperidentities: Postmodern Identity Patterns in Massively Multiplaer Online Role-Playing Games’. In: WOLF, Mark J.P.; PERRON, Bernard (Eds.); The Video Game Theory Reader. Routledge, 2003. p. 87-103
GALLAGHER, Shaun. ‘Dynamic models of body-schematic processes’. In: PREESTER, Helena De; KNOCKAERT, Veroniek (eds.), Body Image and Body Schema, Amsterdam: John Benjamins Publishing Company, 2005. p. 233-253.
GEE, James Paul. ‘Video Games and Embodiment’. Games and Culture, vol. 3, n. 3-4, p. 253-263. 2008.
GREGERSEN, Anders; GRODAL, Torben. ‘Embodiment and Interface’, In: WOLF, Mark J.P.; PERRON, Bernard (Eds.), The Video Game Theory Reader 2, New York: Routledge, 2009. p.65-85.
HANSEN, Mark B.N. Bodies in Code: Interfaces with digital media, New York: Routledge, 2006.
HARAWAY, Donna J. Manifesto ciborgue: Ciência, tecnologia e feminismo-socialista no final do século XX. In: TADEU, Tomaz (Org.). Antropologia do Ciborgue: as vertigens do pós-humano. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2009.
HAYLES, N. Katherine. How We Became Posthuman: Virtual Bodies in Cybernetics, Literature, and Informatics, Chicago: The University of Chicago Press, 1999.
HUTCHINSON, Rachael. ‘Performing the Self: Subverting the Binary in Combat Games’. Games and Culture, [s.l.], v. 2, n. 4, p. 283-299. 2007.
LAHTI, Martti. ‘As We Become Machines: Corporealized Pleasures in Video Games’. In: WOLF, Mark J.P.; PERRON, Bernard (Eds.), The Video Game Theory Reader, New York: Routledge, 2003. p. 157-171.
LAUREL, Brenda. Computers as Theatre. Reading: Addison-Wesley Publishing Company. 1991.
MCMAHAN, Alison. ‘Immersion, Engagement, and Presence: A Method for Analyzing 3-D Video Games. In: WOLF, Mark.J.P.; PERRON, Bernard (eds.), The Video Game Theory Reader, Routledge, 2003. pp. 67-87.
MERLEAU-PONTY, Merleau. Fenomenologia da Percepção. 2ªed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
NEWMAN, James. ‘The Myth of the Ergodic Videogame ́. Game Studies vol. 2, n. 1, 2002.
REHAK, Bob. ‘Playing at Being: Psychoanalysis and the Avatar’. In: WOLF, Mark J.P.; PERRON, Bernard (Eds.), The Video Game Theory Reader, New York: Routledge, 2003. p. 103-128.
SANDVIK, Kjetil. In and Out of Character: Complex Role-play and Dramaturgy in an online World. Center for Digital Æstetik-forskning, n. 14. 2006.
SENNETT, Richard. O Artífice. 2ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2009. 360 pags. Tradução de Clovis Marques. ISBN: 978-85-01-08314-2. 2009.
SHEETS-JOHNSTONE, Maxine. The primacy of Movement, Philadelphia: John Benjamins Publishing Company, 1999.
STEINKUEHLER, Constance. ‘Massively Multiplayer Online Games as an Educational Technology: An Outline for Research’. Educational Technology, vol. 48, n. 1, p. 10-21, 2008.
STRAUS, Erwin. The Primary World of Senses: A Vindication of Sensory Experience, London: The Free Press of Glencoe, 1963.
TURKLE, Sherry. A vida no ecrã: a identidade na era da internet. Lisboa: Relógio d’água, 1997.
Referências Ludolográficas
Gearbox Software, Borderlands (2009), PC.
Supermassive Games, Move: Start the Party (2010), PlayStation 3.
Epyx/U.S. Gold, Summer Games (1984), Commodore 64.
Blizzard/Vivendi, World of Warcraft (2004), PC.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Rikke Toft Nørgård

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Os Direitos Autorais dos artigos publicados neste periódico pertencem aos autores, e os direitos da primeira publicação são garantidos à revista. Por serem publicados em uma revista de acesso livre, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em atividades educacionais e não-comerciais.
A revista utiliza a Licença de Atribuição Creative Commons (CC BY-NC), que permite o compartilhamento de trabalhos com reconhecimento de autoria.