Prevalência e seguimento de exame citopatológico de colo uterino com atipias em células escamosas de origem indeterminada em um hospital universitário brasileiro
Palavras-chave:
Neoplasia do colo do útero, displasia do colo do útero, citologia cervical.Resumo
Introdução: O diagnóstico de ASC-US no INCA (2009) foi de 1,2%. É importante acompanhar a evolução clínica, pois um pequeno percentual resultará em HSIL ou carcinoma.
Objetivo: acompanhamento por três anos da evolução da patologia cervical entre mulheres com resultado de ASC-US.
Método: Coorte retrospectiva de pacientes do ambulatório de ginecologia/HCPA com ASC-US. Seguimento: CPs, colposcopias e/ou biópsias. Analise: SPSS (dados descritivos e associações). Teste Exato de Fischer/Qui-Quadrado (variáveis qualitativas). Test t de Student/ Wilcoxon-Mann-Whitney (quantitativas). IC 95%, p<0,05; aprovação GPPG/HCPA (07-286).
Resultados: em 2005 foram realizados 9.514 exames CPs; destes, 823 tiveram como resultado ASC-US (8,6%). Amostra final de 320 casos. Tempo médio de seguimento de pacientes com ASC-US: 18,4 meses. Média da idade: 41,3 anos. 77,5% tiveram seguimento normal, 20,3% tiveram ASC-US persistente ou LSIL e 2,2% evoluíram para HSIL; 0,9% de carcinoma. História de DSTs: 35,9%. A evolução dos casos com lesão persistente por ASC-US, evolução para LSIL ou HSIL foi significativamente maior no grupo de pacientes com história prévia de DSTs (31,3% x 17,6% OR 2,14; IC 1,25-3,65; P<0,005), confirmando-as como fator de risco para lesões cervicais.
Discussão e Conclusões: o percentual de exames com ASC-US encontrado em nosso meio está de acordo com a literatura. A evolução favorável, com remissão total das alterações citopatológicas, também está dentro do esperado, assim como o número de LSIL, HSIL e carcinoma. O câncer cervical é uma das neoplasias malignas com maior possibilidade de prevenção e programas adequados de rastreamento precoce podem ter impacto importante na morbimortalidade da doença.
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