Das ruínas do itinerário aos novos agenciamentos
DOI:
https://doi.org/10.22456/2236-6385.127999Resumo
A proposta é olhar para o momento de criação artística em seu acontecimento, buscando pensar a literatura e o fazer literário na fugacidade desse instante. Na conjugação entre Deleuze, Guattari, Blanchot e Piglia, toma-se O romance luminoso de Levrero, não para operar conceitos, mas para fabricar diferentes agenciamentos. No movimento de experimentação (criar) com, e não somente de interpretação (estar no lugar de), procura-se potencializar os encontros. O diário é o percurso, incerto, hesitante; apresenta as agruras cotidianas, expõe a condição errante de tornar-se escritor e reforça o incessante fracasso diante da tentativa de escrever. Nessa rota aporética, provocada na fissura entre a possibilidade de múltiplas aberturas e a impossibilidade de chegada, Levrero conduz suas linhas e enseja novas escritas.
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Copyright (c) 2021 Rodrigo Gonçalves Lima, Gabriel Torelly
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