Para além da narrativa épica da Ciência: reativando o animismo com Isabelle Stengers
DOI:
https://doi.org/10.22456/2236-6385.127997Resumo
Esboçamos caminhos para analisar a significância das transformações que vem sofrendo o discurso científico com a chegada do Antropoceno, especificamente no que tange à sua “contaminação” por certos dispositivos da ficção. Argumentamos, seguindo Latour (2004) e Whitehead (1994), que a conceitualização de natureza que caracterizou a modernidade e determinou as potencialidades e o papel político da Ciência enquanto disciplina, depende de um pensamento bifurcado, que procura homogeneizar a multiplicidade imanente da Terra. Torna-se imperativo desconstruir esta narrativa épica que estrutura os saberes e suas realizações de forma arbórea, apostando em modos de conexão rizomáticos e reativando o animismo. Para ilustrar a proficuidade das relações entre modos ficcionais e realizações científicas, trazemos breves análises dos trabalhos de Despret e Le Guin.
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Copyright (c) 2022 Davi Alexandre Tomm, Maria Petrucci Sperb

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