ASSOCIAÇÃO ENTRE FORÇA DE PREENSÃO MANUAL, COMPOSIÇÃO CORPORAL E ESTADO NUTRICIONAL DE IDOSOS DA COMUNIDADE
DOI:
https://doi.org/10.22456/2316-2171.83076Palavras-chave:
idoso, força muscular, composição corporal, avaliação nutricional, saúde do idosoResumo
Introdução: São escassos os estudos a respeito das relações entre força muscular, composição corporal e estado nutricional de idosos. Objetivo: avaliar as relações entre força de preensão manual, composição corporal e estado nutricional de idosos da comunidade. Métodos: Setenta e nove idosos sedentários de ambos os sexos, frequentadores do Centro de Convivência do Idoso em Embu-Guaçu/SP, participaram deste estudo transversal quantitativo. Eles foram submetidos à avaliação de força de preensão manual por dinamometria, de composição corporal por bioimpedância tetrapolar, e do estado nutricional pelo índice de massa corporal e pela Mini Avaliação Nutricional reduzida. Resultados: A preensão manual direta foi considerada adequada em 65,8% da amostra. A maior parte dos idosos apresentava excesso de peso (60,3%) e de adiposidade (76,9% dos homens e 85,9% das mulheres). 53,8% dos homens apresentava sarcopenia grau I vs. 27,7% das mulheres. Um terço da amostra (34,2%) apresentava risco de desnutrição. O valor energético médio consumido pela amostra foi significantemente mais alto entre os homens (p=0,005), que também apresentaram menor ingestão percentual de carboidratos (p=0,03), e maior ingestão de proteínas (p<0,0001) e lipídeos (p=0,01) do que as mulheres. A força de preensão manual direita esteve moderadamente associada com a massa magra (r=0,54 e p<0,001) e fracamente associada com o consumo de proteínas (r=0,330 e p=0,01). Conclusão: Houve associação entre força de preensão manual, massa magra e consumo de proteínas, porém não foram encontradas associações entre a força e o escore da avaliação nutricional ou o índice de massa corporal.Downloads
Referências
ALFIERI, Fábio Marcon et al. Relações entre equilíbrio, força muscular, mobilidade funcional, medo de cair e estado nutricional de idosos da comunidade. Revista Kairós Gerontologia, São Paulo, v.19, n.2, p.147-165, 2016.
AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (ACSM). Guidelines for Exercise Testing and Prescription. 9th ed. Wolters Kluwer-Lippincott Williams: Philadelphia, 2014.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE EMPRESAS DE PESQUISA (ABEP). Critério Brasil 2015 e atualização da distribuição de classes para 2016. Disponível em: http://www.abep.org/criterio-brasil Acesso em: 8 de março de 2018.
BAUER Jürgen, et al. Evidence-Based Recommendations for optimal dietary protein intake in older people: a position paper from the PROT-AGE Study Group. Journal of the American Medical Directors Association, New York, v.14, n.8, p.542-559, 2013.
CASTRO-COSTA, Érico et al. The association between nutritional status and cognitive impairment in Brazilian community-dwelling older adults assessed using a range of anthropometric measures - the Bambuí Study. Dementia & Neuropsychologia, São Paulo, v.7, n.4, p.403-409, 2013.
DANIELEWICZ, Ana Lúcia; BARBOSA, Aline Rodrigues; DEL DUCA, Giovâni Firpo. Nutritional status, physical performance and functional capacity in an elderly population in southern Brazil. Revista da Associação Médica Brasileira, São Paulo, v.60, n.3, p.242-248, 2014.
DESCHENES, Michael R. Effects of aging on muscle fibre type and size. Sports Medicine, Auckland, v.34, n.12, p.808-824, 2004.
DIZ, Juliano Bergamaschine Mata et al. Prevalence of sarcopenia in older Brasilians: a sistematic review and meta-analyses. Geriatrics & Gerontology International, Tokyo, v.17, n.1, p.5-16, 2017.
DODDS, Richard Matthew et al. The epidemiology of sarcopenia. Journal of Clinical Densitometry, Totowa, v.18, n.4, p.461-466, 2015.
EICKEMBERG, Michaela et al. Bioimpedância elétrica e gordura visceral: uma comparação com a tomografia computadorizada em adultos e idosos. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, Rio de Janeiro, v.57, n.1, p.27-32, 2013.
FISBERG, Regina Mara; MARCHIONI Dirce Maria Lobo; COLUCCI, Ana Carolina Almada. Avaliação de consumo alimentar e da ingestão de nutrientes na prática clínica. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia, Rio de Janeiro, v.53, n.5, p.617-624, 2009.
GALLAGHER, Dympna et al. How useful is body mass index for comparison of body fatness across age, sex, and ethnic groups? American Journal of Epidemiology, Baltimore, v.143, n.3, p.228-239, 1996.
HEYWARD, Vivian H. Advanced Fitness Assessment and Exercise Prescription. 3rd. ed. Human Kinetics: Champaign, p.37-39, 2002.
HUANG, Terry T-K et al. Effect of screening out implausible energy intake reports on relationships between diet and BMI. Obesity Research, Baton Rouge, v.13, n.7, p.1205-1217, 2005.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa de orçamentos familiares (POF) 2008-2009: Antropometria e estado nutricional de crianças, adolescentes e adultos no Brasil. Rio de Janeiro, RJ, 2010. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/saude/9050-pesquisa-de-orcamentos-familiares.html Acesso em: 08 de março de 2018.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Pesquisa de orçamentos familiares (POF) 2008-2009: Análise do consumo alimentar no Brasil. Rio de Janeiro, RJ, 2011. Disponível em: Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas-novoportal/sociais/saude/9050-pesquisa-de-orcamentos-familiares.html Acesso em: 08 de março de 2018.
JANSSEN, Ian et al. Skeletal muscle cutpoints associated with elevated physical disability risk in older men and women. American Journal of Epidemiology, Baltimore, v.159, n.4, p.413-421, 2004.
JEUNE, Bernard et al. Hand Grip Strength Among nonagenarians and centenarians in three European regions. The Journals of Gerontology, Series A, Biological Sciences and Medical Sciences, Washington DC, v.61, n.7, p.707-712, 2006.
NUTRITION SCREENING INITIATIVE (NSI). Incorporating nutrition screening and interventions into medical practice: A monograph for physicians. Washington DC: American Academy of Family Physicians. The American Dietetic Association. National Council on Aging; 1994.
PEREIRA, Rafael et al. Análise da força de preensão de mulheres idosas: estudo comparativo entre faixas etárias. Acta Medica Portuguesa, Lisboa, v.24, n.4, p.521-526, 2011.
PISCIOTTANO, Marcus Vinícius Caio et al. The relationship between lean mass, muscle strength and physical ability in independent healthy elderly women from the community. The Journal of Nutrition, Health & Aging, Paris, v.18, n.5, p.554-558, 2014.
RIBEIRO, Ricardo Laino et al. Avaliação nutricional de idosos residentes e não residentes em instituições geriátricas no município de Duque de Caxias/RJ. Revista Eletrônica Novo Enfoque, Rio de Janeiro, v.12, n.12, p.39-46, 2011.
ROUBENOFF, Ronenn; DALLAL, Gerard E, WILSON, Peter WF. Predicting Body Fatness: The Body Mass Index vs Estimation by Bioelectrical Impedance. American Journal of Public Health, Washington DC, v.85, n.5, p.726-728, 1995.
SASAKI, Hideo et al. Grip strength predicts cause-specific mortality in middle-aged and elderly persons. The American Journal of Medicine, New York, v.120, n.4, p.337-342, 2007.
SCHLÜSSEL, Michael Maia et al. Reference values of handgrip dynamometry of healthy adults: A population-based study. Clinical Nutrition, Edinburg, v.27, n.4, p.601-607, 2008.
VAZ, Mario et al. Maximal voluntary contraction as a functional indicator of adult chronic undernutrition. The British Journal of Nutrition, Cambridge, v.76, n.1, p.9-15, 1996.
VELLAS, Bruno et al. The Mini Nutritional Assessment (MNA) and its use in grading the nutritional state of elderly patients. Nutrition, Burbank, v.15, n.2, p.116-122, 1999.
VIANNA, Lauro Casqueiro; OLIVEIRA, Ricardo Brandão; ARAÚJO, Claudio Gil Soares. Age-related decline in handgrip strength differs according to gender. Journal of Strength and Conditioning Research, Champaign, v.21, n.4, p.1310-1314, 2007.
VIRTUOSO, Janeisa Franck et al. Força de preensão manual e aptidões físicas: um estudo preditivo com idosos ativos. Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia, Rio de Janeiro, v.17, n.4, p.775-784, 2014.
XUE, Qian-Li. The frailty syndrome: definition and natural history. Clinics in Geriatric Medicine, Philadelphia, v.27, n.1, p.1-15, 2011.