Variação da composição e estrutura da assembleia de diatomáceas do Páramo de Frontino (Cordilheira Ocidental dos Andes, Colômbia) durante o Holoceno

Autores

  • Omaira R. SIERRA-ARANGO Programa Pós-graduação em Geociências Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  • Paulo A. SOUZA Programa Pós-graduação em Geociências Universidade Federal do Rio Grande do Sul;Laboratório de Palinologia Marleni Marques Toigo, Instituto de Geociências, Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

DOI:

https://doi.org/10.22456/1807-9806.78096

Palavras-chave:

diatomáceas, páramo, trópico, composição e estrutura, paleoecologia, paleolagos.

Resumo

Neste trabalho é apresentada a variação temporal da composição e estrutura da assembleia de diatomáceas da Bacia Llano Grande, Páramo de Frontino, localizado a 3.460 m de altitude ao nordeste da Cordilheira Ocidental dos Andes, Colômbia. O material estudado é referente a um testemunho de 8,5 m perfurado na por- ção central da bacia, do qual 57 níveis holocênicos foram aleatoriamente amostrados para o estabelecimento da composição taxonômica da assembleia e sua densidade. Um total de 292 táxons foi reconhecido, incluindo 149 com nomenclatura taxonômica aberta, em nível de gênero. Estes últimos táxons podem correspondem a variações intraespecíficas de formas conhecidas ou novas espécies, demonstrando a riqueza biológica destes ambientes, sujeitos a condições particulares de estresse. Uma alta variabilidade na densidade, na composição e estrutura da assembleia de diatomáceas foi verificada ao longo do perfil sedimentar, com desaparecimento de 169 táxons, representando uma perda de 40,9 % da composição taxonômica. Os desaparecimentos são atribuídos a mudanças de temperatura, aportes externos de cinzas vulcânicas, desmineralização e diminuição da profundidade do corpo d’água. No trecho correspondente ao Holoceno inicial, as oscilações na composição, densidade e na estrutura da assembleia de diatomáceas são atribuídas a perturbações físicas e químicas da coluna d’água, que motivaram a diminuição da densidade e a substituição da maioria das espécies do intervalo por outras nos níveis correspondentes ao Holoceno médio e final. No Holoceno médio as variações são devidas às oscilações do volume e desmineralização do corpo d’água e ao aporte externo de cinzas dos vulcões. No final do Holoceno, as variações taxonômicas estão relacionadas à progressiva diminuição do nível d’água do ecossistema e colonização por macrófitas.

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Publicado

2014-12-27

Como Citar

SIERRA-ARANGO, O. R., & SOUZA, P. A. (2014). Variação da composição e estrutura da assembleia de diatomáceas do Páramo de Frontino (Cordilheira Ocidental dos Andes, Colômbia) durante o Holoceno. Pesquisas Em Geociências, 41(3), 199–215. https://doi.org/10.22456/1807-9806.78096