A estratégia representativa para visualização da informação
um estudo de caso do mapa de John Snow
DOI:
https://doi.org/10.19132/1808-5245283.118746Palavras-chave:
Visualização da informação, Transposição de linguagens, Representação da informação, Design da informaçãoResumo
A visualização da informação em representações visuais de conteúdos é uma forma de linguagem destinada a facilitar a compreensão do leitor em relação à complexidade de temas, a partir de gráficos, mapas e infográficos. A redução da abstração proporcionada por tais recursos visuais potencializa a compreensão da informação representada. Desta forma, busca-se compreender os efeitos que o uso dessas ferramentas projeta para assegurar a visualização do leitor e os papéis que exercem na compreensão da informação representada. A fundamentação teórica contém aportes da Ciência da Informação em diálogo com o campo do Design da Informação. A partir de uma pesquisa descritiva-explicativa, de caráter documental e bibliográfico, apresentada como estudo de caso, o mapa de cólera, organizado pelo médico inglês John Snow para registrar e explicar o processo de levantar as necessidades, as complicações e as decisões ao longo da coleta de informações, é analisado em termos da importância do emprego da linguagem visual para essa finalidade. Como resultado, constatou-se que a visualização empregada pelo mapa de John Snow possibilitou a compreensão de um grande volume informacional e que seu desempenho está intrinsecamente ligado à seleção das informações representadas. De tal forma, o estudo de caso permite afirmar que a visualização obtida constitui não somente um recurso eficaz para a compreensão da informação, mas também atua como um reforço argumentativo, uma vez que a representação da informação com apoio gráfico pode levar a uma maior facilidade de entendimento ao reduzir o esforço necessário para encontrá-la e decifrá-la.
Downloads
Referências
AGUILAR, A. G.; PINTO, A.; SEMELER, A.; SOARES, A. P. Visualização de dados, informação e conhecimento. Florianópolis: Editora UFSC, 2017.
BAIGRIE, B. S. Picturing knowledge. Historical and Philosophical Problems Concerning the Use of Art in Science, Toronto: University of Toronto Press, 1996.
BURKE, P. Uma história social do conhecimento 1: De Gutenberg a Diderot. 3ª ed. São Paulo: Zahar, 2003.
BURKE, P. Uma história social do conhecimento 2: Da Enciclopédia ao Wikipédia. 1ª ed. São Paulo: Zahar, 2012.
CAIRO, A. The Functional Art: An introduction to information graphics and visualization. Berkeley: New Riders, 2012.
CHEN, C. Top 10 unsolved information visualization problems. IEEE computer graphics and applications, Canada, v. 25, n. 4, p. 12-16, 2005.
CHOLERA INQUIRY COMMITTEE. Report on the Cholera Outbreak in the Parish of St. James, Westminster during the Autumn of 1854. London: J. Churchill, 1855.
DONDIS, D. A. Sintaxe da linguagem visual. Tradução: Jefferson Luiz Camargo. São Paulo: Martins Fontes, 2000.
FLANDERS, J. Slums, 2014. Disponível em: https://www.bl.uk/romantics-and-victorians/articles/slums. Acesso em: 27 jul. 2019.
GOODING, D. Cognition, construction and culture: Visual theories in the sciences. Journal of Cognition and Culture, Netherlands, v. 4, n. 3-4, p. 551-593, 2004.
JACKSON, L. Dirty old London: the Victorian fight against filth. Connecticut: Yale University Press, 2014.
JOHNSON, S. O mapa fantasma. São Paulo: Zahar, 2008.
KATZ, J. Designing information: human factors and common sense in information design. Hoboken, New Jersey: John Wiley & Sons, Inc., 2012.
KOSSLYN, S. M. Graph design for the eye and mind. New York: Oxford University Press, 2006.
KOTCH, T. Cartographies of disease: maps, mapping, and medicine. Redlands, CA: Esri Press, 2005.
LANKOW, J.; RITCHIE, J.; CROOKS, R. Infographics: The power of visual storytelling. Hoboken, New Jersey: John Wiley & Sons, 2012.
MALAMED, C. Visual language for designers: principles for creating graphics that people understand. Beverly, MA: Rockport Publishers, 2009.
MERRIAM, S. Qualitative Research and Case Study Applications in Education. San Francisco: Jossey-Bass, 1998.
MILES, M. B.; HUBERMAN, A. M. Qualitative data analisys: an expanded soucerbook. Califórnia: Sage, 1994.
MOOERS, C.N. Mooers' Law or Why Some Retrieval Systems Are Used and Others Are Not. Bulletin of the American Society for Information Science and Technology, Hoboken, v. 23, p. 22-23, 1996.
MORVILLE, P. Ambient findability: What we find changes who we become. Newton, Massachusetts: O'Reilly Media, Inc., 2005.
RENDGEN, S. Line, Color, Area, Symbol: 1.200 Years of Visually Transferring Knowledge. In: RENDGEN, S.; WIEDEMANN, J. History of Information Graphics. Colônia: Taschen, 2019, p. 5-18.
SPENCE, R. Information visualization. New York: Addison-Wesley, 2001.
SHAPTER, T. The History of Cholera in 1832 in Exeter. London: John Churchill; Exeter: Adam Holden, 1849.
STAKE, R. E. The art of case study research. Thousand Oaks: SAGE Publications, 1995.
TUFTE, E. R. The visual display of quantitative information. Cheshire, CT: Graphics press, 2001.
VECHIATO, F. L; VIDOTTI, S. A. B. G. Encontrabilidade da informação. 1. ed. São Paulo: Cultura Acadêmica, (Coleção PROPG Digital - UNESP), 2014.
VINTEN-JOHANSEN, P., et al. Cholera, chloroform, and the science of medicine: a life of John Snow. Philadelphia: Medicine, 2003.
WARE, C. Information visualization: perception for design. Burlington: Morgan Kaufmann, 2019.
YIN, R. K. Estudo de caso – planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman. 2001.
YIN, R. K. Case study research, design and methods (applied social research methods). Thousand Oaks. California: Sage Publications, 2009.
ZHANG, J. Visualization for information retrieval. Alemanha: Springer Science & Business Media, 2007.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Antonio Lucio Barizon Filho, Pedro Henrique Cremonez Rosa, Miguel Luiz Contani, Brígida Maria Nogueira Cervantes

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (CC BY 4.0), que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria.
Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista, como publicar em repositório institucional, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
Os artigos são de acesso aberto e uso gratuito. De acordo com a licença, deve-se dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Não é permitido aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.