“VIVEM DE LAVOURAS”: A ESTRUTURA AGRÁRIA EM SÃO JOSÉ DO TAQUARI, AO FINAL DO SÉCULO XVIII
Palavras-chave:
Palavras chave, Imigração açoriana. Pequenos produtores. Taquari./Keywords, Azorean immigration. Small producers. Taquari.Resumo
Resumo
Este artigo aborda o contexto de criação da freguesia de São José do Taquari e a estrutura produtiva da região, ao final do período colonial brasileiro. A inserção econômica do Continente do Rio Grande de São Pedro no mercado interno de abastecimento colonial se deu por meio da pecuária desenvolvida nas estâncias, do cultivo de lavouras e mais tarde dos complexos charqueadores. Taquari não se caracterizou como região de economia pecuarista, pois, o número de animais declarados por seus moradores na Relação de Moradores de 1784 foi muito inferior se comparado com outras freguesias, como, por exemplo, Triunfo e Santo Amaro, nas quais essa atividade representava a principal forma de inserção econômica nos circuitos mercantis. A freguesia de Taquari foi habitada por pequenos produtores, que acessaram a terra por meios de formas não mercantilizadas e utilizaram o trabalho familiar, via agregamento, como um recurso importante para o aumento dos níveis produtivos da agricultura e sua reprodução social.
Abstract
This paper approaches the context of creation of the people of São José do Taquari and the productive structure of the region, at the end of the Brazilian colonial period. The economic integration of the continent of Rio Grande de São Pedro into the intern market of colonial supply was through the livestock grown in the farms, the cultivation of crops and later the complex charqueadores. Taquari was not characterized as a region of livestock economy, since the number of animals declared by its residents in the Relation of Residents of 1784 was much lower when compared with other villages, such as, for example, Triunfo and Santo Amaro, in which this activity represented the main form of economic insertion in the colonial mercantile circuits. The parish of Taquari was inhabited by small producers, who accessed land through non-mercantile forms and used family labor, through aggregation, as an important resource for increasing the productive levels of agriculture.
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