As congregações em língua de sinais das Testemunhas de Jeová: a universalidade do Governo do Reino de Deus e a particularidade das línguas

Autores

  • César Augusto Assis Silva CEBRAP Núcleo de Antropologia Urbana (NAU-USP)

DOI:

https://doi.org/10.22456/1982-8136.24291

Palavras-chave:

Testemunhas de Jeová. Surdez. Língua de sinais.

Resumo

A língua brasileira de sinais (libras) foi reconhecida juridicamente em 2002. No processo que levou ao engendramento da surdez como particularidade lingüística, algumas instituições religiosas foram importantes. Entre estas, destaca-se as Testemunhas de Jeová. O objetivo deste artigo é analisar o projeto específico de evangelização em língua de sinais. A sua atuação se caracteriza pela fundação de congregações particulares dessa língua, com uma larga produção de vídeos e o treino sistemático da oratória. Contudo, em consonância com sua teologia, tal projeto não leva à afirmação de particularismo identitários políticos na surdez, não havendo em seus rituais uma marcação de diferenças entre surdos e ouvintes. Seu projeto trata sobretudo de traduzir suas práticas para essa língua e a transformação de sujeitos surdos em filhos escolhidos de Jeová.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

César Augusto Assis Silva, CEBRAP Núcleo de Antropologia Urbana (NAU-USP)

Doutor em Antropologia Social (USP) Pós-doutorando (CEBRAP) Coordenador do Grupo de Estudos Surdos e da Deficiência do Núcleo de Antropologia Urbana da USP

Downloads

Publicado

2012-05-23

Como Citar

Assis Silva, C. A. (2012). As congregações em língua de sinais das Testemunhas de Jeová: a universalidade do Governo do Reino de Deus e a particularidade das línguas. Debates Do NER, 2(20), 121–144. https://doi.org/10.22456/1982-8136.24291