A CONSTITUIÇÃO DE UMA POLÍTICA DE SAÚDE PARA A POPULAÇÃO NEGRA NO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO
Resumo
No presente ensaio, procurou-se investigar como o movimento em torno da
saúde da população negra busca instaurar uma agenda de políticas públicas. Como método, partiu-se de análise documental e de entrevistas para uma arqueo-genealogia articulada à Teoria do Confronto Político. Como referencial teórico, seguem-se às discussões propostas por Foucault sobre biopolítica, racismo, resistência, relações de poder-saber. Os dados indicam que inicialmente o movimento denunciou as condições de vida que levavam ao adoecimento da população negra constituindo um campo de saber. Esse campo de saber produziu uma agenda direcionada ao estabelecimento da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN). Eclodiram estruturas de oportunidades favoráveis à institucionalização de quadros interpretativos. A partir disso, outros espaços institucionais foram abertos. Por fim, a dissertação constata que a institucionalização do movimento negro nas estruturas do Estado não alcança posições de poder, sendo ainda uma infiltração em posições mais baixas na hierarquia das instâncias de poder.
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