Jogos de linguagem de conotação obscena em Romeu e Julieta: estudo comparativo de três traduções

Autores

  • Ana Karina Braun Instituto de Letras - UFRGS
  • Patrícia Ramos Reuillard Instituto de Letras - UFRGS

DOI:

https://doi.org/10.22456/2594-8962.75616

Resumo

Este artigo apresenta um estudo comparativo de traduções da obra Romeu e Julieta, de William Shakespeare, no que se refere à polissemia, entendida como uma condensação de significados em um só significante e fonte potencial de inequivalência na tradução. Nessa obra, a polissemia é representada pelas expressões de duplo sentido com conotação obscena, aqui denominadas jogos de linguagem. A análise se sustenta nos pressupostos teóricos da tradução de Rosa Rabadán (1991) e Hurtado Albir (2001), que a compreendem como um processo interpretativo e comunicativo. O objetivo é estudar a tradução da polissemia nessa obra, a partir da comparação e da análise de soluções em três traduções para o português: Beatriz Viégas-Faria (1998), Bárbara Heliodora (2004) e Elvio Funck (2011). As respectivas análises e comparações evidenciam que a tradução dos jogos de linguagem, característica constante na obra de William Shakespeare, requer um tratamento cuidadoso no que diz respeito à reprodução de sua função comunicativa de comicidade através da exploração do tema da sexualidade. Portanto, a análise do tratamento dado à polissemia nas traduções permitirá, também, conhecer seus efeitos na produção de textos da língua alvo e refletir sobre a melhor maneira de reproduzi-los através de estratégias que solucionem os problemas de tradução, considerando a necessidade de uma adaptação ao contexto social ou à cultura em que serão inseridos.

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Publicado

2017-08-11

Como Citar

Braun, A. K., & Reuillard, P. R. (2017). Jogos de linguagem de conotação obscena em Romeu e Julieta: estudo comparativo de três traduções. Revista Conexão Letras, 12(17). https://doi.org/10.22456/2594-8962.75616