Um homem que sonhou um homem que sonhou um homem

Autores

  • Paulo Balardim UDESC

Palavras-chave:

Teatro de Animação, Metaficção, Pós-modernidade,

Resumo

Através de interfaces entre a literatura e o teatro, este artigo privilegia um estudo sobre a milenar arte do Teatro de Animação, observado à luz das transformações ocorridas em sua poética a partir de meados do século vinte, período caracterizado pela heterogeneidade de formas estéticas emergentes. Com o advento da chamada "Pós-modernidade", essa forma teatral, possuidora de diversas especificidades próprias à sua linguagem – tais como a interpolação de um objeto ou boneco animado entre o público e o ator, passa a enfatizar o componente metaficcional em sua elaboração dramatúrgica. Da mesma forma, o olhar auto-reflexivo e paródico, bem como a ênfase sobre o processo de construção do espetáculo passam a ser perseguidos pelos criadores. Assim, partindo do exame do conceito de metalinguagem presente na obra de Roman Jakobson e seu deslocamento para fenômenos literários, derivado dos estudos introduzidos por Gérard Genette e Roland Barthes, os quais analisaram profundamente questões como a intertextualidade, o artigo observa similaridades entre alguns dos conceitos literários relativos à tipologia do narrador, níveis narrativos, suas possibilidades metaficcionais e a tipologia do ator-animador.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Paulo Balardim, UDESC

Formado em Letras e Literatura Portuguesa (ULBRA), Mestre em Artes Cênicas (PPGAC/UFRGS) e Doutorando em Artes Cênicas (PPGT/UDESC). É integrante da companhia Caixa do Elefante Teatro de Bonecos, atuante desde 1991.

Downloads

Publicado

2011-07-21

Edição

Seção

Artigos