A política dos sentimentos e a questão social no século XIX

Autores

  • Ana Paula Vosne Martins Universidade Federal do Paraná

DOI:

https://doi.org/10.22456/1983-201X.60976

Palavras-chave:

Filantropia, Sentimentos, Poder, Questão social

Resumo

Neste artigo propomos uma aproximação da questão social conforme ela foi definida no século XIX por filantropos e filantropas que por meio de diferentes ações e instituições procuraram responder, mesmo que de maneira pontual e mitigatória, aos problemas decorrentes do pauperismo. O objetivo é compreender as múltiplas dimensões da benevolência, seus agentes e seus desdobramentos políticos, bem como propor uma reflexão sobre as relações entre os sentimentos e a política social.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Paula Vosne Martins, Universidade Federal do Paraná

Professora associada do Departamento de História da Universidade Federal do Paraná. Bolsista sênior de pós-doutorado do CNPq (2015-1016). Bolsista de Produtividade do CNPq.

Referências

ALVES, Ismael Gonçalves. (Re)construindo a maternidade: as políticas públicas materno-infantis brasileiras e suas implicações na Região Carbonífera Catarinense (1920-1960). Tese (Doutorado em História)–Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2014.

AQUINO, Tomas de. Suma Teológica. Salamanca: Universidad Pontifícia de Salamanca, 1990.

ARENDT, Hannah. Da Revolução. São Paulo; Brasília: Editora Ática; EDUNB, 1988.

______. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.

ANSART, Pierre. Sciences socials et sentiments politiques. In: ANSART, Pierre; HAROCHE, Claudine. Les sentiments et le politique. Paris: L’Harmattan, 2007.

BARTHES, Roland. Literatura e realidade: o que é o realismo? Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1984.

BRIGGS, Asa. The Age of Improvement (1783-1867). New York: Routledge, 1999.

D’ALLONES, Myriam Revault. L’ homme compassionel. Paris: Éditions Seuil, 2008.

DUPRAT, Catherine. Le temps des philanthropes. La philanthropie parisienne des Lumières à la monarchie de Juillet. Paris: Éditions du CTHS, 1993.

ELLIOT, Dorice Williams. The angel out of the house. Philanthropy and gender in Nineteenth Century England. Charlottesville and London: University Press of Virginia, 2002.

ENGELS, F. A situação da classe trabalhadora na Inglaterra. São Paulo: Global Editora, 1985.

GEREMEK, Bronislaw. A piedade e a forca. História da miséria e da caridade na Europa. Lisboa: Terramar, 1995.

______. Os filhos de Caim: vagabundos e miseráveis na literatura européia. 1400-1700. São Paulo: Companhia das Letras, 1995.

GINZBERG, Lori D. Women and the work of benevolence: morality, politics and class in the Nineteenth Century United States. New Haven: Yale University Press, 1990. (Yale Historical Publications Series).

GOHN, Maria da Glória Marcondes. O protagonismo da sociedade civil. Movimentos sociais, ONG’s e redes solidárias. São Paulo: Editora Cortez, 2003.

______. Ações coletivas civis na atualidade: dos programas de responsabilidade/ compromisso social às redes de movimentos sociais. Ciências Sociais UNISINOS, São Leopoldo, v. 46, n. 1, p. 10-17, jan./abr. 2010.

GORDON, Linda. Pitied but not entitled. Single mothers and the history of welfare. Cambridge: Harvard University Press, 1995.

GREENE, Dana. Quaker feminism: the case of Lucretia Mott. Pennsylvania History, v. 48, n. 2, abr. 1981, p. 143-154. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/27772738. Acesso em: 20 jul. 2015.

HIMMELFARB, Gertrud. La idea de la pobreza: Inglaterra a princípios de la era industrial. Mexico: Fondo de Cultura Económica, 1988.

HOBSBAWN, Eric. A Era do Capital: 1848-1875. São Paulo: Paz e Terra, 1997.

______. Da revolução industrial inglesa ao imperialismo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2000.

MARTINS, Ana Paula Vosne. Gênero e assistência: considerações histórico-conceituais sobre práticas e políticas assistenciais. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, supl. 1, v. 18, p. 15-34, dez. 2011.

MCCRONE, Kathleen E. Feminism and philanthropy in Victorian England: the case of Louisa Twining. Historical Papers/Communications Historiques, v. 11, n. 1, p. 123-139, 1976. Disponível em: http://id.erudit.org/ierudit/030807ar.

MIRANDA, Anadir dos Reis. Mary Wollstonecraft e a reflexão sobre os limites do pensamento liberal e democrático a respeito dos direitos femininos. 1759- 1797. Dissertação (Mestrado em História)–Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2010. 155f.

POLANY, Karl. A grande transformação: as origens da nossa época. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000.

ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens. Rio de Janeiro: Ediouro, 2000.

SKOCPOL, Theda (Ed.). Bringing the State back in. Cambridge: Cambridge University Press, 1985.

SMITH, Adam. Teoria dos sentimentos morais. São Paulo: Martins Fontes, 2002.

TOCQUEVILLE, Alexis de. Memoir on pauperism. London: Civitas, 1997.

THOMPSON, E. P. A formação da classe operária inglesa. 3 v. São Paulo: Paz e Terra, 1987.

WILHELM, Patrice. Sympathie et douceur démocratique. In: ANSART, Pierre; HAROCHE, Claudine. Les sentiments et le politique. Paris: L’Harmattan, 2007.

Downloads

Publicado

2018-01-19

Como Citar

Martins, A. P. V. (2018). A política dos sentimentos e a questão social no século XIX. Anos 90, 24(46), 239–268. https://doi.org/10.22456/1983-201X.60976

Edição

Seção

Artigos