Lágrimas que vertem do solo: lutos e supressões nas disputas da memória em torno de mais uma vala sul-americana (Bairro de Perus, São Paulo, 1990 - 1993).

Autores

  • Roger Camacho Barrero Junior Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Palavras-chave:

Ditadura Civil-Militar, Memória, Vala Comum

Resumo

Em setembro de 1990 mais uma vala oculta fora descoberta em um cemitério latino-americano, aqui no caso, do extremo norte da cidade de São Paulo. Assim como em outros países do Cone Sul, não se tratava de um local para depósito de restos mortais não reclamados, mas gerava desconfiança devido às suspeitas levantadas por pesquisadores e jornalistas em anos anteriores. Esse fato trouxe à tona uma disputa, presente desde o início da abertura política brasileira, entre os que queriam enquadrar o regime civil militar pela ótica de suas vítimas e aqueles que visavam suprimir fatos a fim de inocentar possíveis algozes. Partindo disso, este artigo tem por objetivo analisar as disputas de memória trazidas à tona pela descoberta da vala, bem como pensar na repercussão e na tentativa de reenquadramento da memória por parte daqueles que foram silenciados pelo regime até 1985. 

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Biografia do Autor

Roger Camacho Barrero Junior, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutorando no Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Mestre em História pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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Publicado

2018-03-01

Como Citar

BARRERO JUNIOR, R. C. Lágrimas que vertem do solo: lutos e supressões nas disputas da memória em torno de mais uma vala sul-americana (Bairro de Perus, São Paulo, 1990 - 1993). Revista Aedos, [S. l.], v. 9, n. 21, p. 132–154, 2018. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/aedos/article/view/76200. Acesso em: 29 mar. 2024.